Grupo chegou a pedir para o agente soltar o homemReprodução
Publicado 31/07/2021 19:07
Rio - O feirante Fábio Alves pede uma indenização de R$100 mil à prefeitura do Rio pela agressão que sofreu durante uma ação da Guarda Municipal e da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), em abril deste ano, em uma feira do Grajaú, na Zona Norte. Na ocasião, um agente da Guarda Municipal chegou a dar um golpe conhecido como "mata-leão" em Fábio, causando a revolta de outros feirantes que assistiram a cena.

Fábio queria entrar com um pedido de indenização por danos morais logo após o acontecimento, mas a defesa considerou que se tratava de uma situação grave e decidiu avaliar e estudar mais detalhadamente o caso, para pedir uma indenização com um valor considerado justo.

"O caso dele foi muito grave, no meu entendimento. Ele foi agredido por mais de oito homens brancos, um profissional negro. Eu vejo alguma coisa relativa ao racismo, comparando até com o caso recente do George Floyd, que aconteceu nos Estados Unidos", afirmou o advogado do feirante, Eric Lopes.

Relembre o caso

No dia 30 de abril deste ano, o feirante Fábio Alves levou um golpe conhecido por "mata-leão" durante uma ação da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e da Guarda Municipal em uma feira na Rua Júlio Furtado, no Grajaú. Na ocasião, a Seop disse que durante uma apreensão em um food truck, uma confusão foi iniciada por pessoas que tentaram impedir a ação.

A pasta disse ainda, na época, que guardas municipais do Grupamento de Operações Especiais (GOE) precisaram imobilizar um homem de 31 anos, que arremessou pedras contra as equipes. O homem chegou a ser preso e levado para a 20ª DP (Vila Isabel), onde o caso foi registrado como lesão corporal e resistência.

Em um vídeo publicado pelo Portal Grande Tijuca na época, um grupo pede para que ele solte Fábio, que já está no chão. "Vai matar o 'cara', diz uma pessoa. "Covardes! Não faz isso, não", gritam outras. Na ação, um guarda municipal teve o pulso fraturado após ser atingido por uma pedra.
Procurada pela reportagem neste sábado, a Seop ainda não se manifestou sobre o caso. 
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