Policial militar Bruno Paixão, apontado pela sua namorada como agressor. Segundo a vítima, ele sumiu após ter batido nelaReprodução / TV Globo
Publicado 11/08/2021 10:25
Rio - Agentes da Polícia Civil, através da Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM),  prenderam nesta terça-feira, o PM Bruno Paixão, acusado de agredir a ex-namorada em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Em um dos episódios de violência, que aconteceu em fevereiro, ele a teria atropelado e só parou quando "sentiu como se fosse um quebra-molas", relatou a vítima na época.
O policial foi preso na 'Operação Gaia', que cumpriu 120 mandados de prisão em todo o estado contra agressores de mulheres e acusados de feminicídio. Bruno, que estava foragido desde o atropelamento, foi preso pela equipe da Deam, em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste.
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"Eu estava na porta [do carro] e quando eu estava falando, ele não quis mais ouvir e daí ele acelerou, quando eu não aguentei mais segurar na porta, eu caí e ele passou por cima de mim, quando ele sentiu como se fosse um quebra mola, aí ele parou", contou a vítima na época.

O relacionamento de oito meses marcado por violência e brutalidade fez com que a mulher quase perdesse a vida. Ela foi internada por sete dias na UTI após o atropelamento. Traumatizada com o episódio, a vítima explicou que não fez o registro por orientação de Bruno.
Outras agressões
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A decisão de tornar o caso público foi feita após os episódios de violência se intensificarem, quando o até então namorado teria quebrado a porta do quarto de seu filho e enforcado a mulher. A vítima chegou a concluir: “hoje ele me mata”. Em seguida, de acordo com a vítima, o policial militar a segurou pelo pescoço e começou as agressões. A mulher fez o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, constatando as marcas.

"A porta do quarto do meu filho que ele arrombou pra tirar a cama quebrou, quando eu vi que ele quebrou tudo no quarto do meu filho e tudo no meu quarto ai eu falei: ‘hoje ele me mata’... Me segurando pelo pescoço, aí começou as agressões, e depois fiz o corpo de delito do IML e foram constatadas as marcas", afirmou.
Em julho, a Polícia Militar informou o afastamento de Bruno. O agente teve a sua arma recolhida e responde a um procedimento apuratório pelo comando do 27° BPM, onde está lotado. 
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Em nota, a corporação informou que Bruno Paixão vai permanecer preso respondendo ao crime na Justiça comum. A Corregedoria da PM vai acompanhar os trâmites judiciais que, em caso de condenação, podem levar à expulsão dele da Polícia Militar.
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