Publicado 16/11/2021 10:33
Rio - Cerca de 500 policiais militares de diferentes batalhões, entre eles o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e o Batalhão de Ações com Cães (BAC), realizaram nesta terça-feira uma megaoperação em pelo menos sete comunidades do Rio, nas zonas Norte e Oeste. Segundo a corporação, o objetivo era combater milicianos que atuam nas regiões de Jacarepaguá e Santa Cruz.
Em Campo Grande, equipes do 27º BPM (Santa Cruz), do 40º BPM (Campo Grande) e da Corregedoria da Polícia Militar atuaram nas comunidades do Antares, Rola e Aço, na Zona Oeste do Rio, nesta terça-feira. A região é marcada por intensos confrontos entre grupos milicianos que tentam dominar o território. A área já foi controlada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, e atualmente está nas mãos do irmão Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. Na ação, dois veículos roubados foram recuperados.
A ação ocorre um dia após um miliciano oferecer R$ 100 mil semanais a policiais do 24º BPM (Queimados) para que os agentes colaborassem com as ações criminosas na região da Estrada do Cortume, que cruza boa parte do bairro de Santa Cruz e chega até Seropédica, na Baixada Fluminense. O criminoso estava no regime semiaberto e foi preso em flagrante e conduzido à 48ª DP (Seropédica).
Na mesma operação, policiais do 18º BPM (Jacarepaguá), com o auxílio de veículos blindados, atuaram no Morro da Barão, Covanca, Bateau Mouche e São José Operário, entre os bairros do Tanque e Praça Seca. Não há balanço de prisões ou apreensões.
Já na Zona Norte, militares atuaram nas comunidades do Saçu, Caixa D'Água e Morro do 18, entre Água Santa e Quintino. A ação teve apoio do 3º BPM (Méier). A operação aconteceu um dia depois de uma equipe da Polícia Militar ser atacada na Praça Seca. Segundo a corporação, criminosos armados dispararam contra PMs do 18º BPM (Jacarepaguá) que estavam em patrulhamento na Rua Doutor Bernardino.
A região da Praça Seca, principal ligação entre Madureira e Jacarepaguá, é disputada há pelo menos um ano entre o Comando Vermelho, que já dominou favelas como o Morro da Barão, e a milícia liderada por Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, preso em agosto.
Terror em Santa Cruz
Um intenso tiroteio assustou moradores no último dia 06, no conjunto Manguariba, em Paciência, Zona Oeste do Rio. Segundo testemunhas, o confronto é entre milicianos rivais: de um lado, o grupo liderado por Danilo Dias Lima, o Tandera, que controla a região desde junho. Do outro, o de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que tenta invadir.
Policiais militares do RECOM (Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões) apreenderam armas, capas de colete balístico, automóveis e roupas semelhantes a fardamentos dentro do conjunto Manguariba.
Em setembro, guerra entre Zinho e Tandera deixou vans incendiadas
A guerra entre os grupos de Zinho e Tandera começou ainda no dia 13 de junho, dia seguinte à morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, miliciano mais procurado do estado e irmão de Zinho. No mesmo dia do velório, o grupo de Tandera invadiu Manguariba e passou a dominar o conjunto.
Em setembro, ataques em Santa Cruz e Campo Grande deixaram pelo menos sete vans incendiadas. Os bairros viveram dias de medo, com estações de BRT fechadas, e ônibus e veículos de transporte alternativo sem circular.
Em setembro, guerra entre Zinho e Tandera deixou vans incendiadas
A guerra entre os grupos de Zinho e Tandera começou ainda no dia 13 de junho, dia seguinte à morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, miliciano mais procurado do estado e irmão de Zinho. No mesmo dia do velório, o grupo de Tandera invadiu Manguariba e passou a dominar o conjunto.
Em setembro, ataques em Santa Cruz e Campo Grande deixaram pelo menos sete vans incendiadas. Os bairros viveram dias de medo, com estações de BRT fechadas, e ônibus e veículos de transporte alternativo sem circular.
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