Rio - Um grupo fechou usou um ônibus, sofás e latões de lixo para fechar, neste domingo, a Avenida Santa Cruz, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio. Em vídeos que circulam as redes sociais, é possível ver o momento em que a via é fechada. A Polícia Militar foi chamada para reabrir a via. Até o momento, não há informações de presos na ação. As vias foram liberadas por volta das 17h40 após operação da polícia.
"'Tamo' parando tudo, pô. O patrão mandou parar, então a gente vai parar mesmo", afirmou o homem ao mostrar alguns latões e sofás incendiados na avenida.
Além da principal avenida do bairro, a passagem pela Estrada do Quafá também foi fechada com um ônibus. De acordo com a Polícia Militar, agentes do 14º BPM (Bangu) foram acionados para reabrir as duas vias. Quando chegaram ao local, criminosos da comunidade do Sapo atiraram contra os PMs, que não revidaram.
De acordo com o Centro de Operações Rio (COR), a circulação de trens do ramal Santa Cruz está suspensa em Senador Camará por causa de uma ocorrência policial. Tiros foram registrados às 14h09 na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará. No momento, os trens circulam da Central até Bangu e no trecho entre Santa Cruz e Campo Grande.
SUPERVIA | De acordo com a @SuperVia_trens, o Ramal de Santa Cruz circula somente até a estação Bangu, devido à ocorrência policial em Senador Camará. Os trens circulam da Central a Bangu e de Santa Cruz a Campo Grande. #transportespic.twitter.com/7afjXAN9KM
Na sexta-feira, criminosos atearam fogo em pneus no viaduto de Bangu, formando uma barricada. Segundo a PM, os pneus em chamas obstruíram os acessos à via. A situação foi controlada pelos agentes e o viaduto liberado para o trânsito. A PM informou que reforçou o patrulhamento no entorno das comunidades de Bangu após a ação dos criminosos ligados ao tráfico de drogas de Bangu e Senador Camará. Além do viaduto de Bangu, outras vias do bairro foram fechadas pelos criminosos, que seguem ateando fogo em barricadas.
A Zona Oeste passou a ser dividida por dois grupos paramilitares após a morte de Wellington da Silva Braga, 34 anos, o Ecko. As forças de segurança do Estado apontaram o irmão de Ecko, Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, como seu sucessor, mas um antigo aliado, Danilo Dias, o Tandera, decidiu retomar alguns pontos de atuação da milícia.
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