Publicado 30/12/2021 18:05 | Atualizado 30/12/2021 18:24
Rio - O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, disse, em um vídeo publicado nesta quinta-feira (30) nas redes sociais da pasta, que o Rio de Janeiro investiga 201 amostras suspeitas da variante Ômicron da covid-19. O anúncio foi feito no mesmo dia em que a Secretaria Municipal de Saúde informou que a capital fluminense tem um caso da variante confirmado por sequenciamento e outros 94 suspeitos sendo monitorados.
Entre os casos suspeitos, alguns foram informados por hospitais e laboratórios privados e algumas amostras serão encaminhadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para serem submetidas ao sequenciamento genômico e serem confirmadas ou descartadas. Na última semana, a SMS identificou um aumento no índice de positividade dos testes para covid-19, que passou de 0,7% para 5,5%.
De acordo com Chieppe, as amostras que são analisadas foram encaminhadas tanto pelas secretarias municipais fluminenses, quanto por laboratórios privados. Segudo ele, a possível circulação da variante no Rio de Janeiro ainda não apresentou reflexos no aumento de internações, ocupação de leitos de enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ou nos óbitos pelo novo coronavírus.
No vídeo publicado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), o titular da pasta alertou que o Rio já enfrenta um risco muito grande da circulação local da variante e para evitar que o número de casos da doença aumente, é necessário manter as medidas de proteção e completar o esquema vacinal com duas doses, além da de reforço.
"É importante que nesse momento que a gente já tem um risco muito grande da circulação local da Ômicron, considerando o que a gente tem visto nos outros países, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, que as medidas de precaução sejam mantidas. Além disso, a vacinação com a terceira dose é absolutamente fundamental. Alguns estudos mostram que essa variante Ômicron consegue escapar, eventualmente, de pessoas vacinadas com as duas doses. Completar o esquema vacinal e fazer o reforço com a terceira dose, é uma medida fundamental para a gente conter o avanço dessa variante aqui no estado do Rio de Janeiro". Confira o vídeo.
Em entrevista ao RJ1 da TV Globo, Chieppe disse que o crescimento de casos ainda é discreto e acontece em um momento de redução dos registros de gripe na cidade do Rio, que, junto com outros municípios da Região Metropolitana, vive uma epidemia da doença. Somente este ano, o estado registrou 36 mortes por influenza e outros 362 casos confirmados do vírus. Ele afirmou ainda que, havendo demanda assistencial, será necessário abrir leitos para atender pacientes com coronavírus, mas que esse não é o cenário atual.
"Não é isso que a gente está vendo nesse momento, ainda é um aumento muito discreto, principalmente na capital, de 13 para 20 casos. Nós já revertemos muitos leitos de covid para leitos clínicos. Hoje, nossa taxa de ocupação de leitos de CTI de covid está em torno de 8%, é um número baixo ainda", declarou o secretário ao RJ1.
Também nesta sexta-feira, durante a reabertura da estação Golfe Olímpico do BRT, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que parece ser inevitável que a cidade registre um aumento significativo de casos da covid-19, mas que o município está monitorando e está preparado caso o crescimento realmente aconteça.
"Todos nós, no nosso ambiente e no nosso convívio, a gente começa a ouvir: "tem alguém com covid". Parece inevitável, isso a gente vai monitorando, informando, mas que a gente deve ter, certamente, um aumento significativo dos casos de covid. Isso ainda não se manifestou em internações, em problemas mais graves, mas nós estamos preparados para isso, mobilizados", explicou o prefeito.
Na entrega da estação, Paes também confessou estar mais preocupado com a transmissão da doença nas festas de Ano Novo realizadas em ambientes fechados, do que no Réveillon na Praia de Copacabana. O espetáculo deste ano não terá os tradicionais shows, que precisaram ser cancelados pela prefeitura por conta do risco do aumento de casos da variante Ômicron. Entretanto, haverá 16 minutos de queima de fogos com trilha sonora, que será transmitida por torres de som instaladas ao longo da faixa de areia.
"Nós entendemos que não há mais muito ambiente para novas restrições, mas, é óbvio que as pessoas têm que ficar atentas. As pessoas estão sempre perguntando do Réveillon em Copacabana e esse é o que menos me preocupa. Me preocupa muito mais as festas que as pessoas fazem em ambiente fechado, as famílias se encontrando no dia 31 de dezembro, isso, em geral, são locais de transmissão muito mais intensos."
Também nesta sexta-feira, durante a reabertura da estação Golfe Olímpico do BRT, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que parece ser inevitável que a cidade registre um aumento significativo de casos da covid-19, mas que o município está monitorando e está preparado caso o crescimento realmente aconteça.
"Todos nós, no nosso ambiente e no nosso convívio, a gente começa a ouvir: "tem alguém com covid". Parece inevitável, isso a gente vai monitorando, informando, mas que a gente deve ter, certamente, um aumento significativo dos casos de covid. Isso ainda não se manifestou em internações, em problemas mais graves, mas nós estamos preparados para isso, mobilizados", explicou o prefeito.
Na entrega da estação, Paes também confessou estar mais preocupado com a transmissão da doença nas festas de Ano Novo realizadas em ambientes fechados, do que no Réveillon na Praia de Copacabana. O espetáculo deste ano não terá os tradicionais shows, que precisaram ser cancelados pela prefeitura por conta do risco do aumento de casos da variante Ômicron. Entretanto, haverá 16 minutos de queima de fogos com trilha sonora, que será transmitida por torres de som instaladas ao longo da faixa de areia.
"Nós entendemos que não há mais muito ambiente para novas restrições, mas, é óbvio que as pessoas têm que ficar atentas. As pessoas estão sempre perguntando do Réveillon em Copacabana e esse é o que menos me preocupa. Me preocupa muito mais as festas que as pessoas fazem em ambiente fechado, as famílias se encontrando no dia 31 de dezembro, isso, em geral, são locais de transmissão muito mais intensos."
Vacinação de crianças
Na última terça-feira (28), o secretário Alexandre Chieppe afirmou que não irá exigir atestado médico para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. A declaração aconteceu após a fala do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que a vacinação para este grupo seria autorizada apenas com prescrição médica e um "termo de consentimento livre esclarecido".
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse que a exemplo do que já acontece com todos os imunizantes do calendário nacional de vacinação, "não será necessária apresentação de prescrição médica para imunização de crianças no estado do Rio". Além disso, falou que entende que, "à luz das evidências atuais e dos conhecimentos já adquiridos sobre as vacinas para a covid-19, os benefícios da vacinação na população de crianças de 5 a 11 anos, com a vacina da Pfizer, superam os eventuais riscos associados à vacinação, no contexto atual da pandemia".
No dia 24 de dezembro, o prefeito Eduardo Paes já havia dito que não será exigido atestado médico para vacinar crianças contra a doença na cidade. Ele disse se basear no parágrafo do artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que aponta como atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS) a prevenção de doenças na população infantil, a partir da vacinação.
Na última terça-feira (28), o secretário Alexandre Chieppe afirmou que não irá exigir atestado médico para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. A declaração aconteceu após a fala do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que a vacinação para este grupo seria autorizada apenas com prescrição médica e um "termo de consentimento livre esclarecido".
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse que a exemplo do que já acontece com todos os imunizantes do calendário nacional de vacinação, "não será necessária apresentação de prescrição médica para imunização de crianças no estado do Rio". Além disso, falou que entende que, "à luz das evidências atuais e dos conhecimentos já adquiridos sobre as vacinas para a covid-19, os benefícios da vacinação na população de crianças de 5 a 11 anos, com a vacina da Pfizer, superam os eventuais riscos associados à vacinação, no contexto atual da pandemia".
No dia 24 de dezembro, o prefeito Eduardo Paes já havia dito que não será exigido atestado médico para vacinar crianças contra a doença na cidade. Ele disse se basear no parágrafo do artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que aponta como atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS) a prevenção de doenças na população infantil, a partir da vacinação.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.