Publicado 02/02/2022 12:43 | Atualizado 02/02/2022 12:48
Rio - Os três homens presos pela morte do congolês Moïse Kabagambe foram transferidos, na tarde desta quarta-feira, para o presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, onde passarão por uma triagem. Eles vão responder por homicídio duplamente qualificado — por impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel.
Moïse, que entrou no Brasil como refugiado, em 2011, teve as mãos e os pés amarrados e foi espancado com um porrete de madeira até a morte no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no dia 24 de janeiro. Uma perícia no corpo de Moïse indica que a causa da morte traumatismo do tórax com contusão pulmonar e também vestígios de broncoaspiração de sangue. O documento revela lesões concentradas nas costas e o tórax aberto, com os órgãos dentro.
Conforme O DIA divulgou, o trio de agressores foi identificado pelo proprietário do quiosque Tropicália, onde ocorreu o crime, através de apelidos. O proprietário, que não estava no local no momento das agressões, cedeu as imagens do circuito de câmeras para a polícia e não teve participação no crime, de acordo com a polícia.
Belo e Tota trabalhavam em barracas na areia da praia; Dezenove era funcionário do quiosque vizinho. Os três teriam agredido Moïse, que já estaria embriagado, após o congolês tentar pegar mais cerveja da geladeira do Tropicália. Ele havia sido dispensado do trabalho no mesmo quiosque cinco dias antes, após ficar embriagado no turno do serviço, segundo o proprietário. Desde o dia 20, no entanto, ele trabalharia no quiosque vizinho.
Apesar disso, a família afirma que a briga teria começado após ele cobrar diárias atrasadas. A Polícia Civil ainda apura a motivação do crime e as investigações continuam.
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