Um dos acusados de espancar o congolês se entregou na 34ª DP (Bangu) e foi levado para 16ª DP (Barra da Tijuca) Agência O DIA

Rio - O Plantão Judiciário da Capital determinou, na madrugada desta quarta-feira, dia 2, a prisão temporária de Fábio Pirineus da Silva, conhecido como Belo; Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove; e Brendon Alexander Luz da Silva, de apelido Tota. Os três foram indiciados  pela Delegacia de Homicídios da Capital pelo assassinato, duplamente qualificado, de Moïse Kabagambe, em um quiosque, na Barra da Tijuca, no último dia 24. As qualificações foram por conta do meio cruel e por não ser possível a defesa da vítima.
A reportagem confirmou os mandados através do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Os três já estão detidos na delegacia que investiga o caso.
Moïse, que entrou no Brasil como refugiado, em 2011, teve as mãos e os pés amarrados e foi espancado com um porrete de madeira até a morte.
Conforme O DIA divulgou, o trio de agressores foi identificado pelo proprietário do quiosque Tropicália, onde ocorreu o crime, através de apelidos. O proprietário, que não estava no local no momento das agressões, cedeu as imagens do circuito de câmeras para a polícia e não teve participação no crime, de acordo com a polícia. 
Belo e Tota trabalhavam em barracas na areia da praia; Dezenove era funcionário do quiosque vizinho. Os três teriam agredido Moïse, que já estaria embriagado, após o congolês tentar pegar mais cerveja da geladeira do Tropicália. Ele havia sido dispensado do trabalho no mesmo quiosque  cinco dias antes, após ficar embriagado no turno do serviço, segundo o proprietário. Desde o dia 20, no entanto, ele trabalharia no quiosque vizinho. 
Apesar disso, a família afirma que a briga teria começado após ele cobrar diárias atrasadas. A Polícia Civil ainda apura a motivação do crime e as investigações continuam.