A terapeuta Fernanda Martinês, de 41 anos, também levou a filha para receber a primeira dose na Casa Firjan e relatou que menina Teresa Martinês, 5, estava tão empolgada para a vacinação que não chorou ao receber a agulhada. Ela declarou entender os pais que têm dúvida, mas disse que vê a imunização como um pacto coletivo que todos devem aderir.
"Acho um passo muito importante na direção do caminho do fim da pandemia, afinal as crianças são vetores de transmissão, além de ter casos de crianças que também agravam. Então acho que é uma forma de proteger nossos filhos e a sociedade como um todo, um pacto social na qual todos deveriam aderir. Entendo os pais que têm dúvidas, mas ouvir a ciência é sempre a melhor escolha", declarou a terapeuta.
Hoje, o calendário chegou à última faixa etária, com doses aplicadas nas meninas de 5 anos. Nesta terça-feira (8), é a vez dos meninos com a mesma idade e na quarta-feira haverá repescagem para 5 anos ou mais. As crianças de 5 a 11 anos que tiverem alguma deficiência ou comorbidade podem se vacinar a qualquer momento da campanha, independente da idade no calendário.
Com a volta às aulas totalmente presenciais a partir desta segunda, o secretário municipal de Saúde disse que haverá campanha nas escolas para estimular a vacinação. Além disso, o Soranz anunciou que será agendada data para que as unidades de ensino promovam a imunização dos alunos e que os responsáveis receberão formulários para autorizar a aplicação da primeira dose.
"A gente começa uma campanha com os professores nas escolas, instruindo as crianças como as vacinas funcionam e qual é a importância delas. Também envia para os pais o formulário para que eles possam autorizar a vacinação da covid infantil nas crianças e a gente está agendando uma data em cada escola para fazer a vacina nas escolas, com autorização dos pais, e acompanhamento dos pais, se forem necessários. É muito importante que os pais continuem, principalmente os que já vacinaram, estimulando os outros pais a se vacinarem. Todos na sociedade precisam estimular a vacinação numa grande campanha coletiva em prol da vacina."
'Nenhuma possibilidade de alterar o cenário epidemiológico', diz Soranz sobre subvarianteO secretário municipal de Saúde também disse durante a entrevista, que a circulação da subvariante da variante Ômicron, a BA.2, não representa risco para o cenário epidemiológico da cidade do Rio.
Na última sexta-feira (4), a pasta confirmou que identificou dois na capital fluminense. Segundo o titular da pasta, os dois pacientes estavam vacinados contra a covid-19, um deles ficou assintomático e outro apresentou apenas sintomas leves, e não tiveram complicações de saúde.
"Uma dessas pessoas deve ter contraído na primeira semana de janeiro a subvariante. Então, indica que a subvariante já estava circulando na cidade do Rio de Janeiro desde o início, com a circulação da variante Ômicron. A subvariante se comporta da mesma maneira que a variante Ômicron, não tem nenhuma possibilidade de alterar o cenário epidemiológico. Das duas pessoas, uma foi assintomática e a outra com sintomas bastante leves. As duas pessoas vacinadas não tiveram nenhuma complicação de saúde", esclareceu Soranz.
Mais cedo,
o secretário de Estado de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, descartou a preocupação com a subvariante. Segundo Chieppe, a BA.2 tem característica e comportamento semelhantes à Ômicron e, por isso, não é classificada como uma nova variante. O secretário afirmou não acreditar em capacidade de transmissibilidade ou gravidade clínica maiores.
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