Publicado 27/05/2022 20:56
Rio - As armas dos policiais que participaram da segunda operação mais letal do Estado do Rio, na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio, foram apreendidas e periciadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Os agentes também foram ouvidos e testemunhas prestaram depoimento na especializada. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela Polícia Civil. De acordo com DHC, outras pessoas serão chamadas para depor nos próximos dias.
Questionada, a delegacia não informou quantas armas foram apreendidas, no entanto, segundo informações obtidas pelo G1, 12 policiais que estiveram nos confrontos teriam apresentados seus fuzis na delegacia. As investigações seguem para apurar todas as circunstâncias que envolveram as mortes de 23 pessoas na última terça-feira (24).
A Auditoria Militar do Ministério Público também determinou a abertura de um IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar as circunstâncias das mortes de suspeitos de ligação com o tráfico.
Repercussões após operação na Vila Cruzeiro
A Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional do Ministério Público Federal (MPF), classificou as operações como a realizada na Vila Cruzeiro como "absolutamente incompatíveis com o Estado de Direito".
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou nesta sexta-feira uma determinação para que o governo do Rio de Janeiro ouça, em até 30 dias, o Ministério Público do Rio, a Defensoria Pública do Estado e o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil sobre o plano de redução da letalidade policial no Rio. A decisão foi motivada após a recente operação na Zona Norte. Fachin também determinou que o estado realize em um período de 30 dias, após o cumprimento dessa primeira orientação, uma audiência pública a fim de colher sugestões da sociedade.
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