Publicado 26/07/2022 13:07 | Atualizado 26/07/2022 13:12
Rio - Câmeras de segurança registraram o momento em que um suspeito mata a facadas o advogado Victor Stephen Coelho Pereira, de 27 anos, no Centro da cidade. Em menos de 20 segundos, o assassino aparece nas imagens correndo atrás da vítima e lhe dando chutes, até fazê-la cair. Em seguida, o criminoso, que ainda não foi identificado, esfaqueia Victor, rouba seu celular e a carteira. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Pela filmagem, é possível notar que, no canto superior direito, uma pessoa que esperava sentada pelo trem, na estação Saara do VLT, presencia todo o ocorrido e até se levanta, assustada, permanecendo paralisada durante ação do criminoso. O suspeito vestia casaco e calça cumprida. A testemunha vê, inclusive, quando o assassino foge, aos tropeços.
Já em outro vídeo, obtido pelo jornal O Globo, câmeras de segurança de prédio na Rua Senhor dos Passos mostram o criminoso andando bastante rápido, muito próximo às lojas e olhando para o chão, provavelmente, para evitar ser flagrado pelas câmeras. Numa das imagens, ele cruza com um homem, em sentido contrário ao dele. Em poucos minutos, esse homem retorna correndo. É provável que ele tenha visto o que aconteceu na estação e tenha tentado alcançar o criminoso, por ser segurança da rua.
O jornal também divulgou a informação de que mais uma pessoa, que estaria a cerca de 15 metros do local do crime, na Praça da República, perto da Rua Buenos Aires, ouviu os gritos de Victor, que apelava para que seu agressor não o batesse. De onde estava, a testemunha disse que viu quando o advogado tentava fugir do seu algoz. As imagens mostram que o advogado chega a correr do criminoso, rodeando a estação. Mesmo caindo, Victor tenta se levantar e chega a engatinhar, quando o assassino lhe dá mais socos e, aparentemente, o atinge com uma facada. Em seguida, o homem revista seus bolsos da vítima, pega os pertences e foge.
A despedida
O corpo de Victor foi sepultado segunda-feira (25) no Cemitério do Caju, na Zona Norte. No velório, muitos amigos usavam a camisa do Flamengo, paixão da vida do advogado, como forma de homenageá-lo. Alguns, inclusive, torcedores de outros times.
No enterro, mais palmas, flores e homenagens para o advogado, considerado por pessoas próximas como sendo alguém gentil e um pacifista nato. Ao se despedirem, os presentes cantaram o hino do rubro negro.
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