Publicado 02/08/2022 10:35
Rio - O principal suspeito de matar a facadas o advogado Victor Stephen Coelho Pereira, de 27 anos, no Centro, no último dia 23, tem vasta ficha criminal. Dados da Polícia Civil e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) apontam que Wilson José Câmara de Oliveira, 37, tem sete anotações desde 2005, a maioria por roubo. Em 2018, ele foi preso em flagrante após tentar esfaquear uma vítima de assalto, que reagiu, na Avenida Rio Branco, também na Região Central. Ele estava em prisão domiciliar desde fevereiro de 2022, cinco meses antes do assassinato. Atualmente, está foragido.
Ele havia sido preso em flagrante, em 2018, ao tentar roubar a mochila de um ambulante na Avenida Rio Branco. A vítima contou, na época, que ao reagir ao assalto, Wilson teria tirado um facão da cintura e tentado atingir o homem, que conseguiu se esquivar. Agentes do Centro Presente, na sequência, efetuaram a prisão.
Testemunhas ajudam a identificar suspeito
Em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), todas as testemunhas ouvidas após a morte do advogado "não tiveram dúvidas" em afirmar, por meio de foto, que Wilson José Câmara é o homem que assassinou Victor na estação Saara do VLT. Nesta segunda-feira, o Disque Denúncia divulgou o cartaz com a foto do suspeito.
Dentre as testemunhas que viram o suspeito, foram ouvidos pela Polícia Civil um segurança da "Festa da Raça", samba na Praça Tiradentes onde o advogado estava antes do crime, um vigia do comércio local e uma mulher que aguardava na estação pelo VLT. Todos foram categóricos em afirmar que o homem que aparece nas imagens conversando e, posteriormente, matando a vítima é Wilson de Oliveira.
De acordo com o depoimento do vigia, Wilson, como forma de intimidá-lo, teria mostrado, além da faca, que usaria, segundo ele, para fazer uns "corres" na localidade, e utilizou para matar Victor, a tornozeleira eletrônica. O suspeito, ao identificar a testemunha como vigia, disse que desejava não ser atrapalhado pelo segurança durante os crimes que queria cometer.
Procurada pelo Dia, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que a tornozeleira eletrônica de Wilson José Câmara de Oliveira foi instalada em 24 de fevereiro deste ano. Disse ainda que no último dia 7 de julho, a Central de Monitoração Eletrônica constatou que a tornozeleira de Wilson estava sem comunicação de sinal. "Seguindo o protocolo, a Central de Monitoração Eletrônica enviou alerta pelo dispositivo eletrônico e tentou, em vão, contato telefônico com o apenado. Diante da tentativa frustrada de contato e esgotado o prazo legal para que o preso comparecesse à Central de Monitoração Eletrônica para manutenção do aparelho, o fato foi comunicado à Justiça", esclareceu.
Delegado acredita que esteja escondido
O delegado adjunto Romulo Assis, da Delegacia de Homicídios (DH), afirmou à reportagem do DIA que a Polícia Civil suspeita que o Wilson, que é morador do Morro da Providência, esteja escondido em outra comunidade, mantida em sigilo pela investigação.
Assis acredita que o tráfico do local onde ele está atualmente acabe por expulsá-lo da favela em decorrência da ampla divulgação do caso e da imagem do suspeito.
Contra Wilson de Oliveira foi expedido um mandado de prisão pela 29ª Vara Criminal da Capital do Tribunal do Rio pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte), com pedido de prisão temporária. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está encarregada do caso e do inquérito criminal.
O Disque Denúncia recebe informações sobre a identificação dos envolvidos, nos seguintes canais de atendimento:
Zap do Portal dos Procurados: (21) 98849–6099; (21) 2253 – 1177 ou 0300-253-1177; APP "Disque Denúncia RJ"; www.facebook.com/procuradosrj/, https://twitter.com/PProcurados(mensagens).
Site Portal dos Procurados – em Denuncie – (procurados.org.br/contato).
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Em todas as plataformas digitais, o anonimato é garantido.
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