Publicado 11/08/2022 13:29
Rio - A mãe do turista Joseph Trey Thomas, de 28 anos, não acreditou que o filho foi vítima de uma bala perdida, quando recebeu a notícia por uma amiga dele, nesta quarta-feira (10). O jovem estava hospedado na casa de Bianca Silva, em Cascadura, e foi atingido durante um confronto no Morro do Fubá, Zona Norte, na última terça-feira (9). Pouco antes de ser ferido pelo disparo, o americano teria conversado com a mãe ao telefone e dito que estava bem.
"A mãe dele pensou que fosse um trote, um golpe. Ela ligou para o telefone dele e achou que ele podia ter sido assaltado, que alguém teria roubado o telefone dele e queria dinheiro. A minha filha falando com ela em inglês explicou que não, que ela estava com o telefone dele, que estava na minha casa, e que ele realmente estava internado no hospital em estado grave e que foi baleado dentro de casa", contou a diarista Célia Lopes, mãe da amiga de Joseph.
Por ter desconfiado de um golpe, a mãe do americano resolveu passar o telefone para uma amiga que tem fluência em português, para entender melhor o que havia acontecido com o filho. Na ocasião, Bianca mostrou à ela a marca do tiro na janela da casa e as manchas de sangue do ferimento de Joseph no sofá da sala. "Elas não estavam acreditando que pudesse acontecer isso. A gente também não acredita. A Bianca pediu para ela falar com a mãe do Trey, que ficou em desespero e chorou muito ao telefone", contou Celia.
A mãe e a irmã do professor pretendem vir ao Rio de Janeiro para acompanhá-lo no hospital. Joseph está hospedado na casa de Célia desde 6 de julho e voltaria para os Estados Unidos em meados de setembro. Ela e a filha conhecem a vítima há cerca de 5 anos, que foi apresentada pelo ex-namorado da jovem. Eles mantinham contato frequente com o americano pela internet e telefone. Trey já havia estado no Rio de Janeiro antes e, apaixonada pelo Brasil, se tornou professor de português em uma escola de Los Angeles.
"Ele queria aproveitar bastante aqui e passear. Por ironia do destino, baleado dentro da minha casa, um horror. Estou muito triste por isso. Uma tragédia dessa em minha casa. Ele queria conhecer Madureira e foi lá algumas vezes, porque gostou. Ele gosta muito do povo brasileiro, porque somos batalhadores. Nunca desistimos de nada. Comprou livros para levar e visitou bibliotecas. Onde será que vai parar essa violência toda, meu Deus?", lamentou Célia.
Depois de ser baleado, o turista ficou internado em estado grave no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, também na Zona Norte. Entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou, nesta quinta-feira (11), que ele foi transferido para uma unidade de saúde da rede privada na madrugada de hoje. A vítima agora está no Hospital Samaritano de Botafogo, na Zona Sul, onde seu quadro de saúde permanece grave.
Em nota, a Embaixada e Consulados dos Estados Unidos informaram de que estão cientes, mas, devido à lei de privacidade, não podem comentar sobre o caso. Também durante o confronto no Morro do Fubá na terça-feira, foi encontrado o corpo de um homem que seria integrante de uma milícia que atua na área cobrando taxa de segurança de comerciantes. Um outro homem e uma mulher que estavam em um ônibus da linha 383 (Realengo x Praça da República) também foram baleados. A região vive uma rotina de violência por conta da disputa pelo controle entre o tráfico e a milícia.
"A mãe dele pensou que fosse um trote, um golpe. Ela ligou para o telefone dele e achou que ele podia ter sido assaltado, que alguém teria roubado o telefone dele e queria dinheiro. A minha filha falando com ela em inglês explicou que não, que ela estava com o telefone dele, que estava na minha casa, e que ele realmente estava internado no hospital em estado grave e que foi baleado dentro de casa", contou a diarista Célia Lopes, mãe da amiga de Joseph.
Por ter desconfiado de um golpe, a mãe do americano resolveu passar o telefone para uma amiga que tem fluência em português, para entender melhor o que havia acontecido com o filho. Na ocasião, Bianca mostrou à ela a marca do tiro na janela da casa e as manchas de sangue do ferimento de Joseph no sofá da sala. "Elas não estavam acreditando que pudesse acontecer isso. A gente também não acredita. A Bianca pediu para ela falar com a mãe do Trey, que ficou em desespero e chorou muito ao telefone", contou Celia.
A mãe e a irmã do professor pretendem vir ao Rio de Janeiro para acompanhá-lo no hospital. Joseph está hospedado na casa de Célia desde 6 de julho e voltaria para os Estados Unidos em meados de setembro. Ela e a filha conhecem a vítima há cerca de 5 anos, que foi apresentada pelo ex-namorado da jovem. Eles mantinham contato frequente com o americano pela internet e telefone. Trey já havia estado no Rio de Janeiro antes e, apaixonada pelo Brasil, se tornou professor de português em uma escola de Los Angeles.
"Ele queria aproveitar bastante aqui e passear. Por ironia do destino, baleado dentro da minha casa, um horror. Estou muito triste por isso. Uma tragédia dessa em minha casa. Ele queria conhecer Madureira e foi lá algumas vezes, porque gostou. Ele gosta muito do povo brasileiro, porque somos batalhadores. Nunca desistimos de nada. Comprou livros para levar e visitou bibliotecas. Onde será que vai parar essa violência toda, meu Deus?", lamentou Célia.
Depois de ser baleado, o turista ficou internado em estado grave no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, também na Zona Norte. Entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou, nesta quinta-feira (11), que ele foi transferido para uma unidade de saúde da rede privada na madrugada de hoje. A vítima agora está no Hospital Samaritano de Botafogo, na Zona Sul, onde seu quadro de saúde permanece grave.
Em nota, a Embaixada e Consulados dos Estados Unidos informaram de que estão cientes, mas, devido à lei de privacidade, não podem comentar sobre o caso. Também durante o confronto no Morro do Fubá na terça-feira, foi encontrado o corpo de um homem que seria integrante de uma milícia que atua na área cobrando taxa de segurança de comerciantes. Um outro homem e uma mulher que estavam em um ônibus da linha 383 (Realengo x Praça da República) também foram baleados. A região vive uma rotina de violência por conta da disputa pelo controle entre o tráfico e a milícia.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.