Publicado 13/08/2022 18:56 | Atualizado 13/08/2022 19:01
Rio - Daiana Chaves, 36 anos, que foi mantida em cárcere privado pelo cirurgião Bolivar Guerrero, teve uma nova complicação no seu estado de saúde. Segundo o advogado da vítima, ela desenvolveu um quadro de trombose no seio, quando há formação de coágulo que impede a circulação sanguínea. O médico está preso desde o dia 18 de julho.
A paciente está internada no Hospital de Bonscuesso desde o último dia 21 e já passou por quatro cirurgias na unidade. Na última quinta-feira (11), ela passou por um procedimento para remoção de tecido necrosado nos seios e na barriga.
O advogado Órnélio Mota, contou ainda que Daiana precisará se submeter a mais procedimentos cirúrgicos de raspagem de tecido morto.
"Apesar das cirurgias, a melhora e o tratamento têm sido gradativos. Não tem acontecido de uma forma tão rápida porque precisa de tempo, mas ela ainda está em recuperação. O caso ainda é sério e depende de um tempo pra poder ir cicatrizando, mas apesar de tudo, a melhora é visível", disse o advogado.
Relembre o caso
A denúncia contra Bolivar Guerrero aponta que Daiana era mantida em cárcere privado na unidade de saúde após um procedimento estético na barriga dela ter dado errado. Ela havia realizado uma abdominoplastia no início de março e precisou voltar em junho para se submeter a mais três intervenções. No retorno, contudo, o procedimento apresentou problemas e ela teve complicações com um dos pontos da barriga necrosado.
Após a prisão do cirurgião, outras vítimas compareceram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), em Duque de Caxias, para denunciar o médico. Elas o acusam de lesão grave e apontam erros em suas cirurgias.
No último dia 27, Bolivar Guerrero teve sua prisão temporária prorrogada por mais 25 dias a pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
Já no dia 29, ele passou por nova audiência de custódia em que o Ministério Público pedia a conversão em prisão em preventiva, quando não tem prazo de acabar.
Apesar disso,a juíza que presidiu a audiência, Rachel Assad, entendeu que a prisão do médico se encontrava em situação legal, ela manteve a situação dele como temporária e deixou para o juízo natural do caso avaliar a situação quando o prazo estiver próximo de expirar.
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