No fundo da imagem, um dos suspeitos aparece atirando em Moisés, e em seguida ele e o comparsa fogem em uma motocicletaReprodução/O DIA
Publicado 29/09/2022 15:23
Rio - Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Wilson Vieira Alves, o Wilson Moisés, ex-presidente da Unidos de Vila Isabel, foi morto em um posto de gasolina na Avenida das Américas, na Zona Oeste, no último domingo (25). De acordo com a filmagem, a ação durou menos de 15 segundos.
A gravação mostra o momento em que um homem desce de uma motocicleta correndo na direção de Moisés, que estava abastecendo o veículo. Em seguida, o suspeito atira e foge, subindo na garupa do comparsa. Os dois saíram em alta velocidade.
No dia do crime, Moisés estava indo para a quadra da Portela com a mulher, Shayene Cesário, que é musa da agremiação, e a filha, de apenas 9 anos. Segundo a viúva, o crime ocorreu após o marido parar no posto de gasolina para abastecer o veículo e em seguida sair do automóvel para comprar um remédio. Ao voltar da farmácia, ele foi atingido pelas costas por um tiro.
Um cartaz divulgado pelo Portal dos Procurados, nesta terça-feira (27), pede informações que ajudem a identificar os responsáveis pela morte do ex-presidente da Escola de Samba Vila Isabel.
Problemas com a Justiça
Em 2010, Moisés foi preso por corrupção, contrabando e formação de quadrilha enquanto ainda presidia a escola de samba, durante a Operação Alvará, da Polícia Federal, que combatia a exploração de máquinas caça-níqueis em Niterói e São Gonçalo. Em 2012, conseguiu um habeas corpus e foi solto. Na época, seu filho, Wilsinho Alves, assumiu a presidência da Vila Isabel.
Ameaças
Durante o sepultamento que ocorreu nesta terça-feira (27), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, a viúva Shayene Cesário, muito emocionada, descreveu como um ato covarde a morte de Moisés e ainda relatou que ela e a filha sofreram ameaças nos últimos dias.
"Meu marido era um cara muito tranquilo, ele não andava nem com segurança, ele foi pego na covardia, com um tiro nas costas e eu não tive nem como socorrer. Fiquei desesperada pela minha vida, da minha filha e por ele. Minha filha tem nove anos e ela recebeu uma mensagem muito pesada dizendo que iam tirar a vida dela e a minha, ela ficou muito assustada. A gente teme a violência, ainda mais depois desse baque", disse
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