Publicado 25/10/2022 11:45
Rio - O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), preso após atirar contra policiais federais e resistir à detenção, ficou em uma cela individual na sua primeira noite no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
Jefferson recebeu uma atenção médica devido ao seu histórico de diabetes e hipertensão, além de ter combatido um câncer. O político é considerado um preso com comorbidades, precisando de remédios distribuídos pela equipe do Presídio Pedrolino Werling (Bangu 8), onde se encontra.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a medicação foi administrada de acordo com prescrição médica, por conta do quadro médico que o preso apresenta. De acordo com o órgão, Jefferson passou a noite bem e se alimentou da mesma janta que outros detentos: arroz, feijão, purê de batata e bife bovino.
Ele foi transferido da prisão de Benfica, onde estava desde domingo (23), levado após atirar contra agentes da Polícia Federal que foram à sua casa, em Comendador Levy Gasparian, na Região Serrana, para cumprir um mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A decisão de que Roberto Jefferson seguirá preso em flagrante foi tomada, nesta segunda-feira (24), em audiência de custódia conduzida pelo desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
A decisão de que Roberto Jefferson seguirá preso em flagrante foi tomada, nesta segunda-feira (24), em audiência de custódia conduzida pelo desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Após os incidentes deste domingo, Jefferson foi indiciado pela PF por quatro tentativas de homicídio contra os agentes.
A determinação da ida dos agentes ao endereço de Jefferson foi do ministro Alexandre de Moraes, em resposta a ataques feitos pelo próprio ex-parlamentar contra a ministra do STF Cármen Lúcia.
Em vídeo divulgado na sexta-feira (21), Jefferson comparou a ministra a uma "prostituta" por ela ter votado a favor de punição da Jovem Pan. Ele usou também os termos "Bruxa de Blair" e "Carmen Lúcifer" para se referir à ministra. Os ataques foram fortemente repudiados por Moraes, a presidente do Supremo, Rosa Weber, juízes federais e políticos.
Durante seu depoimento, segundo reportagem do portal G1, Jefferson teria admitido ter disparado 50 vezes contra os agentes da PF com um fuzil calibre 5.56 mm. O armamento, segundo ele, faria parte de um arsenal que ele mantém com mais de 20 armas em sua casa, mesmo que o ex-deputado não tenha o CAC regularizado para a posse das armas.
Ainda no domingo, após disparar contra os policiais, Jefferson se defendeu dizendo que não atirou para matar, mas sim para alertar os agentes. Apesar disso, dois agentes ficaram feridos com os disparos ficaram feridos por estilhaços na ocorrência, sendo um deles na cabeça. Os outros dois agentes não foram atingidos.
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