Ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) foi transferido do presídio em Benfica para Bangu 8Reprodução
Justiça mantém Roberto Jefferson em prisão preventiva após ataque contra agentes da PF
Decisão foi tomada pelo desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes
Rio - O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), detido após atirar contra agentes da Polícia Federal e resistir a prisão neste domingo, seguirá preso em flagrante. A decisão foi tomada, nesta segunda-feira (24), em audiência de custódia conduzida pelo desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo tribunal Federal (STF).
A manutenção da prisão preventiva de Jefferson foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP). Com a decisão, o ex-deputado será transferido do presídio de Benfica, onde estava desde este domingo, para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, o Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Após o incidentes deste domingo, Jefferson foi indiciado pela PF por quatro tentativas de homicídio contra os agentes que tentavam cumprir mandado de prisão expedido pelo Suprimo Tribunal Federal (STF). O caso aconteceu na casa do ex-deputado federal, no município de Levy Gasparian, Região Serrana do Rio.
A determinação da ida dos agentes ao endereço de Jefferson foi do ministro Alexandre de Moraes, em resposta a ataques feitos pelo próprio ex-parlamentar contra a ministra do STF Cármen Lúcia.
Em vídeo divulgado na sexta-feira (21), Jefferson comparou a ministra a uma "prostituta" por ela ter votado a favor de punição da Jovem Pan. Ele usou também os termos "Bruxa de Blair" e "Carmen Lúcifer" para se referir à ministra. Os ataques foram fortemente repudiados por Moraes, a presidente do Supremo, Rosa Weber, juízes federais e políticos.
Durante seu depoimento, segundo reportagem do portal G1, Jefferson teria admitido ter disparado 50 vezes contra os agentes da PF com um fuzil calibre 5.56 mm. O armamento, segundo ele, faria parte de um arsenal que ele mantém com mais de 20 armas em sua casa, mesmo que o ex-deputado não tenha o CAC regularizado para a posse das armas.
Ainda no domingo, após disparar contra os policiais, Jefferson se defendeu dizendo que não atirou para matar, mas sim para alertar os agentes. Apesar disso, dois agentes ficaram feridos com os disparos ficaram feridos por estilhaços na ocorrência, sendo um deles na cabeça. Os outros dois agentes não foram atingidos.
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