Rio – A 1ª Vara Criminal de Niterói marcou para a próxima quinta-feira (3) a audiência de instrução e julgamento de Victor Arthur Possobom, de 32 anos, preso após agredir e torturar o enteado de apenas 4 anos, em setembro. A audiência é destinada para ouvir testemunhas e partes do processo, para colher provas. A data do julgamento ainda não foi marcada. 

A prisão preventiva de Possobom, pelo crime de tortura contra o enteado, foi decretada no dia 16 de setembro pela juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, em exercício na 1º Vara Criminal de Niterói, e mantida pelo juiz Antonio Luiz de Fonsêca Lucchese, em audiência de custódia realizada dois dias depois, em Benfica. Ainda no fim da noite do dia 16, o acusado foi localizado pela Polícia Militar e levado à 77ª DP (Icaraí). O processo tramita em segredo de Justiça.

No dia 17 de setembro, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) expediu mais um mandado de prisão contra Possobom por violência psicológica contra a ex-mulher e mãe do menino agredido, Jéssica Jordão Carvalho. O inquérito foi concluído pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Niterói (Deam).

O DIA tentou contato com a defesa de Victor Possobom. A matéria será atualizada tão logo haja posicionamento. O espaço está aberto para manifestação. 

Victor Possobom foi preso após imagens de câmeras de segurança do condomínio onde morava, em Icaraí, Niterói, na Região Metropolitana, o mostrarem agredindo e sufocando o enteado de apenas 4 anos. O caso aconteceu em fevereiro, mas os vídeos só vieram à tona em setembro.

Em um dos vídeos, o agressor aparece dentro do elevador do prédio onde morava com o enteado, na Avenida Sete de Setembro. O menino se posiciona em um dos cantos do elevador e, em seguida, é sufocado por Victor. O padrasto parece não se preocupar com as câmeras de segurança.

Em outro vídeo, captado do hall do condomínio, o homem aparece sentado ao lado da criança e começa a brigar com ele. Victor olha ao redor para ver se alguém estava olhando e dá dois socos no rosto da criança, seguido de mais um sufocamento. Quando o homem percebe a chegada de uma senhora no local, ele para as agressões e disfarça. Após a série de maus tratos, o menino chora muito.

A mãe da criança chegou a denunciar o então companheiro, em fevereiro, e tentou se separar, mas acabou sendo mantida em cárcere privado. Jéssica contou ainda sobre os momentos de terror que viveu ao lado de Victor Arthur e relatou ter sofrido violência sexual, física e psicológica do ex-companheiro.