Publicado 16/12/2022 17:11
Rio – Isaías Correia Dias, de 17 anos, foi enterrado nesta sexta-feira (16), às 16h30, no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio, sob forte comoção de seus familiares. O corpo esteve no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IML), na região central do Rio, até por volta das 15h e de lá seguiu direto para o local da inumação. A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) está amparando a família do adolescente e arcou com os custos de todo o processo.
O jovem foi assassinado na quarta-feira passada (14), vítima de um ataque com faca durante uma tentativa de assalto na passarela 3 da Linha Amarela, na altura dos bairros de Pilares e Engenho de Dentro, por volta das 23h. Isaías foi atingido no tórax.
O jovem foi assassinado na quarta-feira passada (14), vítima de um ataque com faca durante uma tentativa de assalto na passarela 3 da Linha Amarela, na altura dos bairros de Pilares e Engenho de Dentro, por volta das 23h. Isaías foi atingido no tórax.
Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, ainda na Zona Norte, mas não resistiu ao ferimento e morreu no local. Isaías completaria 18 anos no próximo dia 26.
No dia seguinte, moradores de uma comunidade em Pilares protestaram a sua morte e interditaram a saída 4 da Linha Amarela.
Segundo testemunhas, um amigo de Isaias, que estava em uma moto, teria sido abordado por alguns homens e reagiu. O adolescente foi ajudar o colega, mas os dois acabaram sendo esfaqueados pelos suspeitos, que fugiram em seguida.
Tatiane Correia Dias, mãe do jovem, contou sobre os sonhos e planos que ele tinha e falou da dor de perder o filho.
"A minha vida com o Isaías foi muito sofrida, quem tá de fora não sabe a dor de uma mãe para criar um filho sozinha, não sabe o sofrimento. O pai não ligou para ele, não registrou e eu peguei meu filho e falei para Deus, eu vou criar e muito bem criado. Meu filho nunca deu para o tráfico, nunca deu para ladrão. O sonho do meu filho era ser jogador de futebol", desabafou.
"Uma vez ele me pediu, 'mãe, paga uma escolinha de futebol', e eu falei 'meu filho, eu não posso pagar uma escolinha porque eu não tenho condição, porque com o que o governo me dá eu pago aluguel da nossa casa e o que a mamãe ganha do trabalho, que é tão pouco, é para sustentar a casa, é para a gente comer, mas, um dia, Deus vai me dar condição'", disse.
"E ele falava para mim 'mãe, eu vou entrar para o quartel, eu vou ser gente grande lá dentro e eu vou poder te ajudar, eu vou te tirar dessa vida' e acabaram é tirando a vida do meu filho. Enquanto ele pensava em me tirar da vida sofrida, eu perdi a vida do meu filho", afirmou a mãe da vítima.
"Uma vez ele me pediu, 'mãe, paga uma escolinha de futebol', e eu falei 'meu filho, eu não posso pagar uma escolinha porque eu não tenho condição, porque com o que o governo me dá eu pago aluguel da nossa casa e o que a mamãe ganha do trabalho, que é tão pouco, é para sustentar a casa, é para a gente comer, mas, um dia, Deus vai me dar condição'", disse.
"E ele falava para mim 'mãe, eu vou entrar para o quartel, eu vou ser gente grande lá dentro e eu vou poder te ajudar, eu vou te tirar dessa vida' e acabaram é tirando a vida do meu filho. Enquanto ele pensava em me tirar da vida sofrida, eu perdi a vida do meu filho", afirmou a mãe da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso e a outra vítima, o amigo de Isaías, já foi ouvida pelos agentes. "Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas e diligências estão em andamento para apurar a autoria do crime", informou a corporação à época.
Já a Polícia Militar informou que PMs do 3° BPM (Méier) foram acionados para uma ocorrência no Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com o comando da unidade, a equipe foi informada que duas pessoas haviam dado entrada no hospital, feridos durante uma tentativa de assalto.
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