Fábio Dantas, de 46 anos, é a sétima vítima fatal do naufrágio na Baía de GuanabaraReprodução/ Rede social
Publicado 15/02/2023 08:18
Rio - O corpo de Fábio Dantas Soares, de 46 anos, será levado pela Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) da Marinha do Brasil para seu estado de origem, Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (15), para o enterro. A vítima morreu no naufrágio da traineira no fim da tarde do dia 5 de fevereiro.

Fábio era suboficial fuzileiro naval da Marinha do Brasil e estava prestes a se mudar para Brasília. No dia do acidente, ele estava na embarcação acompanhado da mulher, Ana Nilda dos Santos, que conseguiu sobreviver. Ainda não há informações sobre o local do sepultamento, que será no Rio Grande do Norte, onde nasceu, no município Caicó.

Segundo a Marinha, a previsão é de que o translado seja realizado assim que os preparativos e trâmites administrativos estejam concluídos. A MB ainda divulgou, em nota, que "se solidariza com os familiares do militar".

Nas redes sociais, uma prima de Fábio lamentou a morte de Fábio, mas se mostrou aliviada em poder dar um enterro digno ao familiar. "Obrigada pelas orações, o meu primo Fábio Dantas Soares, foi encontrado. Vamos poder enterra-lo e saber que ele vive agora na eternidade. Continuemos em orações para o conforto dos pais, irmãos, esposa e filhas. Vai ser difícil para todos eles, respeitemos esse momento de luto e dor não indo lá por enquanto. Obrigada meu Deus, pedi muito para que eles fossem encontrados e agora podermos enterra-los, eles agora vivem e moram na eternidade", escreveu.

Relembre o naufrágio

Fábio estava desaparecido há uma semana, quando a embarcação em que estava emborcou na Baía de Guanabara, próximo à Ilha de Paquetá, devido ao forte temporal que atingiu o Estado do Rio. Na embarcação, havia 14 tripulantes, seis foram resgatados com vida e oito morreram.

Os corpos de Fábio e Isabel Cristina de Souza Borges, 38 anos, foram encontrados no último domingo (12), uma semana após o acidente, boiando na Baía de Guanabara, na altura da Ilha do Mocanguê e próximo à ponte Rio-Niterói. Os cadáveres foram removidos da água pelo 1º Grupamento Marítimo (Gmar) de Botafogo e encaminhados ao Instituto Médico-Legal do Centro do Rio para reconhecimento das vítimas.

Acidente está em investigação

A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ), instaurou um procedimento interno para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do naufrágio. A 37ª DP (Ilha do Governador) também investiga o ocorrido e ouviu testemunhas e sobreviventes do acidente, entre eles o comandante que pilotava a embarcação.

"A Marinha do Brasil lamenta o ocorrido e apresenta sua solidariedade aos familiares das vítimas A CPRJ esclarece, também, que um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação foi instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente. Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei nº 2.180/54", disse o órgão em nota.

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