Policiais Civis da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado – *DEICOR*, com apoio da *CORE/PCRJ* e *SSINTE/PCRJ*, na manhã desta quarta(05), no Rio de Janeiro, deflagraram uma operação policial com o objetivo de capturar liderança de uma facção aqui do estado, acusado de tráfico de drogas, homicídios, roubos e organização criminosa. Após meses de investigação, foi preso *LUIZ ANDEMBERG VIRGÍLIO FERREIRA*, vulgo "Berg Coringa", natural de São Paulo/SP, com 30 anos de idade. Ele estava escondido no Complexo do Linz, na zona norte do Rio de Janeiro há cerca de 06 meses.Reginaldo Pimenta/Agência O Dia

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Rio - Apontado como um dos chefes da facção Sindicato do RN (Rio Grande do Norte), Luiz Andemberg Virgílio Ferreira, o Ber Coringa, foi preso na manhã desta quarta-feira (5), no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. No último domingo (2), a Polícia Civil já havia detido Andreza Cristina, a Bibi Perigosa, que também é considerada uma das lideranças da mesma facção. 
Após as investigações, agentes da Subsecretaria de Inteligência e da Coordenadoria de Recursos Especiais encontraram o criminoso em uma casa no Complexo do Lins, onde estava escondido há 6 meses.
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Berg Coringa é investigado por tráfico e homicídios no Rio Grande do Norte e integra a facção Sindicato do Norte - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Foragido da justiça da cidade de Parnamirim, desde 2020, ele estava escondido em uma casa no Complexo do Lins, na Zona Norte - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Segundo a Polícia Civil, Berg Coringa é considerado, na hierarquia da facção, como liderança na cidade de Parnamirim (RN), além de ser o "caixa" da organização.  
Acusado de tráfico de drogas, homicídio e roubos, o criminoso, que também era foragido da justiça desde 2020, é um dos responsáveis por homicídios e por gerir o tráfico de drogas do Rio Grande do Norte.
As investigações apontam que, após a morte de José Wilson da Silva Filho, conhecido como "Argentino", Luiz ficou sendo um dos principais mandantes da onda de ataques que aconteceu no estado, principalmente na cidade de Parnamirim.
Entre 14 e 25 de março foram registrados 298 ataques no estado, que causaram terror à população potiguar, com incêndios e tiros contra prédios públicos, veículos, comércio e até residências. Segundo as investigações, as ações seriam uma retaliação às condições dos presídios e a custódia de detentos relacionados à facção de Bibi Perigosa e Luiz Ferreira. 
De acordo com Luciano Augusto, delegado adjunto da Delegacia de Investigação e Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte (DEICOR), o criminoso já era alvo de investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Norte há pelo menos dois anos. 
"Era um investigado da gente há cerca de dois anos, por conta de uma briga que existia na localidade que ele dominava. Na cidade de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, ele se envolveu em diversos homicídios, onde era um grupo de extermínio de um lado e a facção dele, denominada Sindicato do Crime, do outro", contou.
O delegado explicou também que era o Andemberg que controlava as ações criminosas do bando no estado do Norte. "Ele fazia a gestão e o financiamento, ordens, para que os ataques ocorressem. A partir daí, tentamos localizá-lo para prender tendo em vista que ele já tem mandado de prisão contra o seu nome, sentença condenatória por homicídio e diversos outros crimes", explicou.
Antes de chegar ao Rio de Janeiro, o criminoso fugiu de pelo menos dois cercos da polícia do Rio Grande do Norte. "Ele veio para o Rio de Janeiro em outubro do ano passado, depois de fugir de dois cercos nossos no Rio Grande do Norte. Viu que o cerco estava se apertando e resolveu vir para cá. Viemos monitorando até a presente data, quando demos o start nessa operação, juntamente com a Core, para poder prender ele. Ele estava aqui com um documento falso, obtido por ele no estado de origem, em nome de Leandro Gabriel. Porém, no momento da abordagem, ele já sabia do que se tratava, então não usou esse documento", comentou o delegado.
Para o coordenador do Core, Fabrício de Oliveira, a prisão do criminoso reforça a migração de lideranças em seus estados para outras localidades. "As forças de Segurança Pública do Rio estão num trabalho incansável para capturar criminosos de outros estados que passaram a se esconder no Rio de Janeiro. Foi um trabalho intenso de inteligência, da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, conseguimos localizar esse criminoso que estava naquela região do Complexo do Lins", avaliou.