Alunos da UFRRJ ameaçadosGoogle Street View

Rio - Policiais da 48ª DP (Seropédica) prenderam, nesta quarta-feira (5), o suspeito de enviar mensagens ameaçando alunos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em Seropédica, na Baixada Fluminense. Segundo relatos, o homem, que não teve sua identificação divulgada e que era aluno da universidade, teria enviado mensagens racistas, homofóbicas, machistas e de violência sexual para os alunos. Nas conversas, ele ainda teria afirmado que cometeria um massacre nos próximos dias.
De acordo com imagens divulgadas na internet, as ameaças são destinadas para os alunos dos cursos de química. "Vou botar fogo naquela faculdade de preto, viado e favelado. Raça desgraçada tem que voltar para a senzala”, diz um dos textos. Além disso, em uma das conversas, um homem mostra uma arma e munições para reforçar intimidar os alunos. O suspeito ainda utilizou a imagem de um estudante da UFRRJ para fazer as intimidações.
O caso foi registrado na última segunda-feira (3). Os agentes receberam informações com o conteúdo das mensagens e iniciaram um trabalho de investigação e inteligência. Contra o homem foi cumprido um mandado de prisão preventiva.
Alunos denunciam falta de segurança
Após a divulgação das mensagens, estudantes demonstraram medo e reclamaram da falta de segurança na instituição, além de pedirem o adiamento da volta as aulas. "Eu, como aluna, peço que vocês aumentem a segurança de todos os campos da Universidade, e não só apenas em alguns dias, até amenizar o que está acontecendo. Todos os dias! Nas áreas que mais precisam de viatura não tem! Se trata da nossa vida em jogo!", comentou uma docente.
"A Rural é imensa, com diversas entradas e saídas, não existe só o pórtico! A falta de segurança é absurda! Para isso acontecer (atentado) não tem nada que os impeça. Vemos recentemente o ocorrido em duas escolas e não eram tão grandes comparada com a Rural. A gente anda no meio do mato alto, no escuro, sai tarde da aula, pedala ou anda na ciclovia e ainda sim sem segurança. Infelizmente nem em sala de aula estamos seguros", disse outra.
Procurada pelo DIA, a UFRRJ informou ainda na segunda-feira (3) que havia notificado as polícias Civil e Federal – em reiteração às denúncias feitas pela Direção do Instituto de Química (IQ) – solicitando a investigação do caso, com vistas à punição dos responsáveis dentro do rigor previsto em nossa legislação. "Assim que obtivermos informações mais precisas das autoridades policiais sobre a investigação a ser aberta, voltaremos a informar a comunidade universitária", disse em comunicado.