Rio - A Polícia Civil investiga o caso de uma mãe que acusa um funcionário do mercado SuperPrix, localizado no Grajaú, na Zona Norte, de injúria racial contra seus dois filhos menores de idade. Na denúncia, ela diz que os adolescentes foram confundidos com pedintes e expulsos do estabelecimento. O caso aconteceu na noite de quinta-feira passada (6).
Cleide Clímaco contou que os filhos acompanhavam o pai no mercado e pediram para que ele comprasse um chocolate para Páscoa quando tudo aconteceu. Neste momento, ela estava esperando eles do lado de fora.
"Quando eles chegaram para o mostrar ao pai a caixa de bombom, que era referente à Páscoa, o fiscal de loja se referiu a eles que não era para ficar pedindo e os colocou para fora do mercado Prix. E não teve desculpa, não teve nada, quando o pai se relatou a eles, dizendo que era o pai das crianças, ele olhou e saiu de perto", afirmou.
A mãe explicou ainda que desde o ocorrido os dois irmãos estão abalados e começaram a receber atendimento psicológico.
De acordo com policiais do Segurança Presente no Grajaú, uma equipe foi acionada por volta das 21h10 da quinta-feira pela mulher que alegou que seus filhos haviam sido vítimas de injúria racial por um segurança do estabelecimento.
Os envolvidos foram encaminhados a 20ª DP (Vila Isabel), que ficou responsável pela investigação do caso. Ainda segundo a Polícia Civil, diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
Em nota, o SuperPrix informou que "lamenta profundamente o ocorrido e esclarece que não tolera qualquer forma de discriminação ou manifestação racista". Disse ainda que o fato narrado não faz parte das diretrizes e da filosofia da empresa e nem da conduta dos colaboradores. A empresa está apurando internamente o ocorrido.
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