Policiais de Santa Catarina cumprem mandados de busca e apreensão durante a operação Escola SeguraDivulgação/ Polícia Civil

Rio - A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu, nesta quarta-feira (19), mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, contra um grupo de adolescentes que planejavam, em uma plataforma virtual, ataques a instituições escolares do país. Além do Rio, a operação Escola Segura também teve alvos em Santa Catarina, Paraná, Pernambuco e São Paulo, e contou com a apoio das polícias dessas regiões e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Ao todo foram apreendidos 10 adolescentes, cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 11 medidas para afastamento de sigilo de dados em face dos adolescentes. As ordens judiciais foram deferidas pela Varada Infância e Juventude da Comarca de Blumenau.
Em Santa Catarina, a operação foi coordenada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil (Deic/PCSC). A ação foi executada após o Grupo de Atuação Especial no Combate a Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) identificar os envolvidos. As investigações tiveram início logo depois do ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, no dia 5 de abril. Na ocasião, Bernardo Cunha Machado, 5; Bernardo Pabst da Cunha, 4; Enzo Marchesin Barbosa, 4 ; e Larissa Maia Toldo, 7, foram mortos. O autor do atentado foi preso. 
Além do ataque em Santa Catarina, poucos dias antes, no dia 27 de março, a professora Elisabete Tenreiro, 71, foi esfaqueada e morta por um aluno, dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo. Outras três educadoras e um estudante ficaram feridos. O responsável pelo ataque foi apreendido. De acordo com o MPSC, a operação leva o nome da força-tarefa do Ministério da Justiça e Segurança Pública que, desde os ataques, vem realizando, junto com as forças de segurança estaduais, ações de enfrentamento aos atos cometidos em instituições de ensino.
Escolas monitoradas no Rio
As polícias do Rio de Janeiro investigam ameaças de ataques a escolas fluminenses que, recentemente, têm circulado nas redes sociais e em aplicativos de troca de mensagens. O Setor de Inteligência da Polícia Militar monitora e busca dados para identificar os autores das intimidações, enquanto a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a existência de jogos virtuais ou "qualquer outro meio eletrônico que produzam conteúdos relacionados a possíveis atentados à unidades de ensino".
Segundo a PM, além das investigações, a Patrulha Escolar e outros tipos de policiamento seguem intensificando o patrulhamento em áreas de denúncia. Os Centros de Operações do Serviço 190 também seguem em alerta quanto às situações de emergência. Já as investigações da Polícia Civil estão concentradas na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) e na Subsecretaria de Inteligência, por meio da recém-criada carteira de produção de conhecimento de inteligência na área de violência escolar no Departamento de Inteligência.