Cartões e dinheiro apreendidos com Aluan André Oliveira de Almeida, preso em flagrante por estelionatoReprodução
Polícia Civil investiga quadrilha especializada na venda ilegal de Riocard
Dois suspeitos foram presos por estelionato na posse de diversões cartões na estação de trem de Santa Cruz
Rio - A Polícia Civil investiga uma quadrilha que vende cartões Riocard de maneira ilegal, por um preço mais barato do que a passagem original. Na manhã de terça-feira (18), Aluan André Oliveira de Almeida, que estava com 18 cartões e R$ 141 em dinheiro, foi preso em flagrante por estelionato na estação de trem de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com as investigações da 36ª DP (Santa Cruz), Aluan cobrava R$ 6,50 para que o comprador usasse o cartão, em vez de pagar R$ 7,40 pela passagem.
A suspeita é de que ele participava de um esquema conhecido como "janelinha", na qual a organização criminosa compra o vale-transporte ou o cartão de gratuidade de um trabalhador. Durante um período, ele é utilizado para que os criminosos recebam o valor em dinheiro de clientes que pagam a passagem de maneira ilegal nas estações. Assim, o passageiro passa na catraca e devolve o Riocard ao vendedor, para que ele utilize com outra pessoa. De acordo com a Polícia Civil, essa fraude já causou um prejuízo total de R$ 2 milhões ao poder público e às empresas que pagam o benefício.
Apesar da suspeita, os policiais ainda não possuem informação quanto a procedência dos Riocard encontrados com Aluan. Na quarta-feira passada (12), um outro suspeito também foi preso por estelionato na estação Santa Cruz. Everson Luís Pinto carregava 30 cartões e R$ 300.
"Estamos desenvolvendo uma série de investigações com relação à aquisição desses Riocard. Nossa investigação consiste em que esses cartões não podem ser vendidos e nem utilizados por terceiros. Eles são personalíssimos e vinculados a um CPF. A passagem custa R$ 7,40 e eles costumam vender por um valor bem abaixo. A gente ainda não sabe de que forma eles adquirem esses cartões. Isso que queremos buscar. Nossa investigação é para identificar esses beneficiários que estão repassando esses cartões, não sabemos a título de quê", explicou o delegado Carlos Cesar Santos, titular da 36ª DP (Santa Cruz).
O Riocard é cadastrado em nome de pessoa física, sendo um proprietário por cartão. Com isso, a utilização por terceiros é crime de estelionato. Aluan foi autuado e encaminhado ao sistema prisional, onde está à disposição da Justiça.
* Reportagem do estagiário Fred Vidal, sob supervisão de Thiago Antunes
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.