Alerj determina criação de espaço para reunião entre advogado e cliente em presídios do Rio
Lei foi aprovada com veto parcial do governador em exercício Thiago Pampolha
Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, ganhará espaço de conversas entre advogados e seus clientes - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, ganhará espaço de conversas entre advogados e seus clientesReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Rio - A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) determinou, nesta quarta-feira (19), que todos os presídios do estado devem contar com um espaço destinado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para que o advogado possa se reunir com o cliente que cumpre a detenção.
A determinação é da Lei nº 9.995/23, de autoria do deputado licenciado Bruno Dauaire (União), que foi sancionada com veto parcial pelo governador em exercício Thiago Pampolha e publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (19).
"Os estabelecimentos prisionais não têm espaço reservado para advogados conversarem com seus clientes, submetendo as pessoas a todo tipo de humilhação dentro do sistema prisional", afirmou o deputado.
A norma deverá ser regulamentada pelo Governo do Estado por meio de decreto, segundo a Alerj.
Veto
O Executivo estadual vetou o parágrafo único do artigo 1º, que previa que, em estabelecimentos penais já existentes, sem viabilidade técnica para a construção ou adequação de espaço, deveria ser utilizado o espaço reservado à Defensoria Pública.
Na justificativa, Pampolha explicou que a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro destacou que as salas utilizadas para atendimento são guarnecidas com material fruto de investimento realizado pela própria instituição e possuem documentação relativa aos presos, sendo assim, inviável o compartilhamento do espaço.
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