Leandro Leite Carvalho, de 29 anos, era produtor de conteúdo nas redes sociaisDivulgação
Família pede justiça por morte de produtor de conteúdo confundido com miliciano em praia do Recreio
Leandro Leite Carvalho, de 29 anos, estava gravando vídeos na praia do Pontal quando foi baleado na cabeça e teve o corpo jogado no mar
Rio - Familiares do produtor de conteúdo Leandro Leite Carvalho, de 29 anos, pedem justiça pelo assassinato do homem na praia do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Leandro publicava conteúdos de humor nas redes sociais e foi à praia, na noite do dia 6 de abril, para fazer vídeos ao lado de amigos. No entanto, durante as gravações, o grupo foi surpreendido por criminosos que atiraram contra Leandro e um amigo dele.
Um colega foi atingido com dois tiros, mas conseguiu fugir do local e pedir socorro. Ele passou por cirurgia e se recupera em casa. Já Leandro foi jogado no mar logo depois do crime. O corpo do produtor foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros somente na quinta-feira (20), em estado avançado de decomposição, na Restinga de Marambaia, na Zona Oeste.
Ao DIA, a companheira do influenciador, Tatiane Santos, de 26 anos, disse que os atiradores podem ter confundido Leandro com um miliciano. "O Leandro era um homem muito grande, chamava muito a atenção e também tinha porte de arma. Os criminosos, que aparentavam serem menores de idade, podem ter confundido ele com um miliciano e atiraram nele e no amigo", disse . Além de produtor de conteúdo, o rapaz também já havia sido paraquedista e trabalhou como vigilante.
Na época do desaparecimento, o caso foi registrado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes). Tatiane e a família de Leandro pedem que a justiça seja feita e acreditam que Leandro não foi o primeiro e nem será o último a ser morto na região.
"O Leandro não tinha envolvimento com o tráfico e nem com a milícia. Essas pessoas que atiraram nele sabem que fizeram besteira, que confundiram ele. Agradeço a Deus por termos conseguido encontrar o corpo dele, mas queremos que a justiça seja feita e que os responsáveis paguem pelo crime", afirma.
A vítima era moradora de Realengo, também na Zona Oeste, e deixa um filho de 3 anos, fruto do seu relacionamento com Tatiane. "Nós morávamos todos juntos. O Leandro era um homem do bem, divertido, tinha muitos amigos. Nosso filho pergunta pelo pai e eu não sei muito bem como falar para ele. Minha sogra fala que o papai virou uma estrelinha, mas ele não entende. Na Páscoa ele perguntou se o pai dele não viria", relembra Tatiane.
O corpo de Leandro será enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, neste domingo (23), às 14h. Procurada, a Polícia Civil ainda não informou se o caso continua em investigação na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) ou se será encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.