Publicado 07/04/2023 13:12
Rio - Foram sepultados na manhã desta sexta-feira (7) os corpos de Ester de Assis Oliveira, de 9 anos, e do entregador João Vitor Brander, 19, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. Os dois morreram após serem baleados em uma guerra entre traficantes na Comunidade da Congonha, ao lado do Cajueiro, em Madureira.
Sob forte comoção, dezenas de pessoas acompanharam o velório e enterro da pequena Ester. Sua mãe, muito abalada, abraçava e acariciava do caixão de sua filha durante o caminho até o local do sepultamento.
"Nossa menina tinha tudo para viver ainda. Ela tinha que ver muita coisa. Arrancaram a vida da minha filha injustamente, ela estava vindo da escola. Ela só sentou para comer um pedacinho de bolo que ganhou na cesta de Páscoa. Ela estava no caminho certo de casa, o caminho que ela ia e voltava e fizeram essa ruindade com a minha filha", lamentou a mãe de Ester.
O pai da menina, usando uma blusa em homenagem à filha, desabafou sobre a dor de ter que enterrá-la tão jovem. "Não tem como viver sem a minha filha, vocês não tem noção da dor. Tiraram a minha vida cara. Vocês não tem noção de como é que era essa menina. Ela era um leão. Ela era muito forte", disse.
Amigos e familiares choravam muito durante a despedida da menina. Uma mulher estava abraçada a um urso de pelúcia, o mesmo que estava com a mãe de Ester durante reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML) nesta quinta-feira (7).
A mãe de Ester também carregou o bicho de pelúcia em seus braços durante o sepultamento. Muito emocionada, a mulher pediu por justiça pela vida da criança:
"Eu só quero justiça pelo que fizeram com a minha filha, para nenhuma mãe sentir a dor que eu estou sentindo hoje. Arrancaram o meu coração. A tetê era uma menina doce, alegre, brincava com todo mundo, não respondia ninguém. Todo mundo aqui conhecia a minha princesinha, ela era muito boa. Ela não merecia morrer da forma que ela morreu, não merecia".
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Momentos antes do enterro de Ester, o corpo do entregador João Vitor foi sepultado. O local também ficou lotado de parentes e amigos do jovem, que acompanharam a despedida. Minutos após o enterro, familiares do menino choravam muito, bastante abalados com a perda precoce.
Ambos morreram depois de ficarem feridos por tiros nesta quarta-feira (5) na Congonha, em Madureira, também na Zona Norte. A principal suspeita é que traficantes da Comunidade da Serrinha, comandada pela facção Terceiro Comando Puro (TCP), foram em direção à Congonha para enfrentar integrantes do Comando Vermelho (CV). Segundo o relato de testemunhas, eles entraram atirando a esmo na comunidade. As duas facções estão em guerra pelo controle da Congonha a da comunidade vizinha do Cajueiro.
Sob forte comoção, dezenas de pessoas acompanharam o velório e enterro da pequena Ester. Sua mãe, muito abalada, abraçava e acariciava do caixão de sua filha durante o caminho até o local do sepultamento.
"Nossa menina tinha tudo para viver ainda. Ela tinha que ver muita coisa. Arrancaram a vida da minha filha injustamente, ela estava vindo da escola. Ela só sentou para comer um pedacinho de bolo que ganhou na cesta de Páscoa. Ela estava no caminho certo de casa, o caminho que ela ia e voltava e fizeram essa ruindade com a minha filha", lamentou a mãe de Ester.
O pai da menina, usando uma blusa em homenagem à filha, desabafou sobre a dor de ter que enterrá-la tão jovem. "Não tem como viver sem a minha filha, vocês não tem noção da dor. Tiraram a minha vida cara. Vocês não tem noção de como é que era essa menina. Ela era um leão. Ela era muito forte", disse.
Amigos e familiares choravam muito durante a despedida da menina. Uma mulher estava abraçada a um urso de pelúcia, o mesmo que estava com a mãe de Ester durante reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML) nesta quinta-feira (7).
A mãe de Ester também carregou o bicho de pelúcia em seus braços durante o sepultamento. Muito emocionada, a mulher pediu por justiça pela vida da criança:
"Eu só quero justiça pelo que fizeram com a minha filha, para nenhuma mãe sentir a dor que eu estou sentindo hoje. Arrancaram o meu coração. A tetê era uma menina doce, alegre, brincava com todo mundo, não respondia ninguém. Todo mundo aqui conhecia a minha princesinha, ela era muito boa. Ela não merecia morrer da forma que ela morreu, não merecia".
Momentos antes do enterro de Ester, o corpo do entregador João Vitor foi sepultado. O local também ficou lotado de parentes e amigos do jovem, que acompanharam a despedida. Minutos após o enterro, familiares do menino choravam muito, bastante abalados com a perda precoce.
Ambos morreram depois de ficarem feridos por tiros nesta quarta-feira (5) na Congonha, em Madureira, também na Zona Norte. A principal suspeita é que traficantes da Comunidade da Serrinha, comandada pela facção Terceiro Comando Puro (TCP), foram em direção à Congonha para enfrentar integrantes do Comando Vermelho (CV). Segundo o relato de testemunhas, eles entraram atirando a esmo na comunidade. As duas facções estão em guerra pelo controle da Congonha a da comunidade vizinha do Cajueiro.
De acordo com a Polícia Militar, após os incidentes na noite da última quarta-feira, o policiamento nas regiões das Comunidades do Cajueiro e da Congonha, em Madureira e Vaz Lobo, foi intensificado com equipes do 9ºBPM (Rocha Miranda) e apoio de outras unidades da Corporação.
Todas as circunstâncias da ação criminosa estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital e pela 29ª DP (Madureira).
Moradores se mobilizam em protesto
Moradores do Morro da Congonha, em Madureira, na Zona Norte do Rio, realizaram um protesto nesta quinta-feira (6) próximo ao Mercadão de Madureira, na Avenida Ministro Edgard Romero, após a morte de Ester e João Vitor.
No protesto, algumas vias foram fechadas pelos moradores, impedindo o trânsito no local. Em vídeo publicados nas redes sociais, é possível ver pessoas a pé e em motos enquanto gritam por justiça.
No protesto, algumas vias foram fechadas pelos moradores, impedindo o trânsito no local. Em vídeo publicados nas redes sociais, é possível ver pessoas a pé e em motos enquanto gritam por justiça.
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