Max Guilherme Machado de Moura, ex-sargento do Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio, ao lado de Jair BolsonaroReprodução

Max Guilherme Machado de Moura, policial militar que foi preso nesta quarta-feira (3) na Operação Venire, da Polícia Federal, contra um esquema de fraudes de dados vacinais, é ex-sargento do Bope, a elite da Polícia Militar no Rio de Janeiro. Max é segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O homem trabalha com Bolsonaro há cerca 10 anos e esteve presente em momentos marcantes do político, como na vez em que ele foi esfaqueado em Juiz de Fora-MG, em algumas das vezes em que o então presidente ficou internado e em viagens oficiais do governo.
O secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa também foram presos na operação.
Eles estariam participando de um grupo que é responsável por falsificar cartões de vacinação para burlar regras sanitárias de Brasil e Estados Unidos a respeito da Covid-19.
Jair e Michelle Bolsonaro não são alvos de mandados de prisões, mas tiverem seus celulares e outros objetos apreendidos pela Polícia Federal. A operação pertence ao inquérito das ''milícias digitais'' e foi autorizada pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.
O nome da operação deriva do princípio “Venire contra factum proprium”, que significa "vir contra seus próprios atos", "ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos". É um princípio base do Direito Civil e do Direito Internacional, que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.