Leandro Siqueira de Assis, o GargalhoneDivulgação / Polícia Civil

Rio - A execução de Leandro Siqueira de Assis, o Gargalhone, de 46 anos, na última terça-feira (2), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, pode ter sido motivada por um racha dentro da milícia na região de Jacarepaguá. O corpo do criminoso foi encontrado baleado dentro de um carro abandonado em frente ao Mercado do Produtor, na Avenida Ayrton Senna.
Segundo investigações, ele era ex-chefe da milícia da Gardênia Azul e, junto com comparsas, havia se aliado ao Comando Vermelho para retomar o controle da região. Para o delegado Marcus Vinícius Amim, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Gargalhone e Philip Motta Pereira, o Lesk, procurado pela polícia, perderam o apoio da milícia aliada e se uniram ao tráfico para retomar o poder.
Leandro integrava a milícia que atuava em especial na região da Gardênia Azul desde 2016, e possuía ligações com o grupo de Wellington da Silva Braga, o Ecko, também da Zona Oeste. Ele e o grupo de Ecko tomaram as regiões da Praça Seca e do Campinho, que eram dominadas pelo miliciano Macaquinho, em janeiro de 2021, pouco antes de ser preso pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e ao Crime Organizado (Draco) em cumprimento a um mandado de prisão. 
Morte de Ecko enfraqueceu grupo paramilitar
Os soldados do paramilitar mais procurado do Rio, com apoio de Gargalhone, invadiram a comunidade, após uma briga com o antigo comparsa Danilo Dias Lima, o Tandera. Contudo, após a morte de Ecko durante uma operação da Polícia Civil no bairro de Paciência, na Zona Oeste do Rio, em junho de 2021, ele perdeu apoio para invadir e retomar o controle da região, que estava sendo chefiada pelo miliciano André Boto.
Sem apoio de Zinho, irmão e sucessor de Ecko, Leandro e Lesk pediram ajuda a traficantes da Cidade de Deus, que é vizinha da Gardênia. A parceria foi firmada e o tráfico teria conseguido expandir os negócios para dentro da comunidade.