Rio - As Secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e Agricultura emitiram uma nota técnica conjunta, neste sábado (20), sobre aos casos de Influenza aviária (H5N1) identificados em três aves no estado do Espírito Santo na sexta-feira (19), como medida preventiva e com objetivo de orientar os 92 municípios sobre o manejo de aves silvestres.
A SES-RJ orienta que, nas unidades de saúde, os profissionais suspeitem de casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com os animais, tanto em triagem quanto em atendimento médico. A pasta reforçou que não há motivos para preocupação sobre uma epidemia neste momento, pois não há sustentação científica de transmissão direta, ou seja, de pessoa para pessoa.
Nos casos suspeitos, os técnicos de Vigilância em Saúde do Rio ainda recomendam que a coleta de amostras seja realizada independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico será feito por RT-PCR, considerado o método padrão-ouro, e recomendado para obtenção dos resultados laboratoriais.
As pastas alertam ainda que a transmissão da gripe aviária ocorre por meio de contato direto com aves infectadas pelo vírus, vivas ou mortas, ou contato indireto por meio de objetos como sapatos, superfícies, produtos ou dejetos, como ninhos, ovos, fezes ou urina. Há infecção também através de água contaminada com restos ou dejetos dos animais ou que tenha contato com mercados/feiras com casos confirmados, sejam em aves ou em humanos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão direta de pessoa para pessoa não tem sustentação científica.
Espírito Santo registrou casos de aves silvestres afetadas
No Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), relatou a primeira detecção de influenza aviária no país no último dia 15 de maio. Trata-se de duas aves trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), um no município de Marataízes e outro no município de Vitória, ambos no litoral do Estado do Espírito Santo. O MAPA relatou a identificação de uma terceira ave afetada, um atobá-pardo (Sula leucogaster), também no Espírito Santo.
Os casos foram detectados e reportados através do sistema de Vigilância de animais silvestres estabelecido no Brasil. A amostragem confirmou a Influenza aviária A (H5N1). Até o momento, não foram detectados surtos em aves de produção nem casos em humanos de infecção por Influenza aviária.
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