Defensoria Pública do Rio de Janeiro vai apurar o casoDivulgação / DPRJ
"O engajamento midiático da sociedade faz com que casos de racismo sejam reiterados cotidianamente, afetando a maioria da população brasileira, pois nós, pessoas negras, somamos 56% desse contingente. É preciso que o sistema de justiça rompa o racismo institucional, acolhendo as vítimas e fornecendo respostas eficientes e razoáveis a essas condutas criminosas", disse a coordenadora da Coopera, Daniele da Silva.
Desenvolvido pelo estúdio Magnus Games, o jogo mostrava imagens de homens negros acorrentados, que apareciam na capa trabalhando ao redor de um homem branco, em roupas elegantes. O jogador era estimulado a obter 'lucro' e contratar guardas para evitar rebeliões. Havia até uma opção para que o usuário explorasse sexualmente as pessoas colocadas sob seu poder dentro do mundo virtual.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) publicou em sua conta no Twitter que entrará com representação no Ministério Público por crime de racismo pedindo a prisão dos responsáveis.
"A própria existência de algo tão bizarro à disposição nas plataformas mostra a urgência de regulação do ambiente digital", disse o parlamentar que é relator do PL das Fake News (PL 2630/220).
Denunciei ao Ministério Público esse jogo macabro chamado Simulador de Escravidão, abominação abrigada pelo Google, que permitia "brincar" com a compra e venda de negros escravizados. É apologia ao crime, é RACISMO RECREATIVO. Terão que responder criminalmente!
— Orlando Silva (@orlandosilva) May 25, 2023
O PL 2630 é… pic.twitter.com/47w0Urqy87
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