População do Estado do Rio vive diretamente inserida no biomaReprodução

Rio - Neste sábado (27) é celebrado o Dia Nacional da Mata Atlântica, o bioma onde vive a maior parte da população brasileira. O estado do Rio está completamente inserido na Mata Atlântica. Segundo o coordenador técnico do MapBiomas, Marcos Rosa, cerca de 30% do território do estado é ocupado pela Mata Atlântica.
"A gente está falando de um estado, lembrando que a gente tem um mapeamento hoje mais completo, que a gente enxerga todos os remanescentes florestais. O Rio de Janeiro tem por volta de 30% de cobertura florestal, o que é um bom número, mas que essa vegetação está muito mal distribuída no estado", explicou.
O bioma é composto de diversos ecossistemas como restingas, manguezais, campos de altitude e um grande conjunto de formações florestais, considerado um dos mais ricos do mundo.
De acordo com o coordenador técnico, essa vegetação está, principalmente, em áreas litorâneas.
"Aparece muito em toda aquela região de Angra dos Reis, na Serra do Mar. Depois a gente vai ter as áreas mais montanhosas do estado, que vai pegar a região de Petrópolis, todas essas áreas onde a própria montanha acabou preservando a floresta e evitou o desmatamento. Então o estado, como um todo, tem 30% mas ainda mal distribuído. Toda a região Norte do estado foi muito devastada e hoje é uma região que tem muito mais para restaurar, uma necessidade muito grande de recuperação, de novos fragmentos de floresta", destaca.
Apesar da grande extensão territorial, a Mata Atlântica é a floresta que mais sofre desmatamento no Brasil. Por conta disso, Marcos destaca a importância de preservar e restauras as áreas de vegetação.
"Em 2021 um tinha sido mapeado 161 hectares de desmatamento. Esse número aumentou para 495, mas não é necessariamente que aumentou o desmatamento, mas sim que aumentou a capacidade dos sistemas em enxergarem aos desmatamentos. Então o desmatamento por ter esse esse perfil de pequenos fragmentos, tirando essas áreas montanhosas onde a floresta foi preservada, que ocorrem no estado são sempre muito pequenos. E agora a gente está enxergando com mais detalhe e conseguindo ver onde ocorre", disse.
De acordo com ele, o Rio de Janeiro é um dos estados é que é possível acabar com a devastação: "Agora enxergando mais, ainda está numa faixa que a gente realmente não precisa ter novos desmatamentos e consegue mirar no desmatamento zero, e, principalmente, na recuperação, nos projetos de recuperação de florestas, proteção dos rios. A Mata Atlântica é superimportante para garantir qualidade e quantidade da água, qualidade do ar. Tem vários serviços ambientais que a floresta ajuda a a proteger e fornecer para a população."
E completa: "No Rio tem essa questão de ter os parques, as áreas florestadas dentro, junto, convivendo com a população. Então é superimportante esse processo de recuperação áreas e muito cuidado sempre com as áreas de risco que existem na cidade. É importante engajar a população."