Cônsul Alemão alegou que marido teve mal súbito; na foto, belga está de camisa clara, ao lado do companheiroReprodução

Rio - O material pericial colhido do corpo do belga Walter Henri Maximilien Biot, encontrado morto dentro de seu apartamento, em Ipanema, Zona Sul do Rio, em agosto do ano passado, será enviado à Alemanha. A autorização para o envio das amostras técnicas foi dada pelo Justiça do Rio, após parecer positivo do Ministério Público Federal (MPF).
O marido do belga, o cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, é réu pela morte e está foragido da Justiça. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilitando a defesa da vítima.
De acordo com a decisão do juiz Gustavo Gomes Kalil, titular da 4ª Vara Criminal, o material será disponibilizado para o Instituto Nacional de Medicina Legal e Social de Berlim desde que sejam respeitadas as normas de transporte e que haja o compartilhamento de resultados.
"Autorizo que os médicos forenses do Instituto Nacional de Medicina Legal e Social de Berlim possam receber as amostras técnica do cadáver da vítima fatal no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto e levá-las consigo à Alemanha", determinou.
Antes disso, no início de maio, a Justiça já havia autorozado o compartilhamento do material colhido para análise do instituto alemão aqui no Brasil.
O cônsul alemão Uwe Herbert passou 19 dias preso em cadeia no Rio, mas decisão assinada pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita permitiu sua saída no dia 26 de agosto.
Três dias depois, no dia 28, Uwe teve sua identidade confirmada em voo a caminho de Frankfurt, na Alemanha. Após chegar no local, o alemão teria desaparecido. No dia 29 de agosto, Uwe se tornou réu pelo homicídio. Desde então, o cônsul aparece citado na lista da Interpol.