Roberto Rino de Souza era 3º sargento e ingressou na Polícia Militar em 2009Divulgação/ PMERJ

Rio - O policial militar Roberto Rino de Souza, de 39 anos, morreu com um tiro na cabeça durante um intenso confronto entre PMs e criminosos, no início da tarde desta sexta-feira (2), na comunidade do Corte 8, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Outro PM ficou ferido com três tiros nas costas. De acordo com informações preliminares, policiais do 15º BPM (Duque de Caxias) realizavam uma ação na comunidade, quando foram atacados a tiros por traficantes.
Roberto, que era 3º sargento da corporação lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), foi socorrido por colegas de farda e levado para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), mas não resistiu e morreu. Segundo a direção da unidade, o corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). Na corporação desde 2009, ele deixa quatro filhos. Não há informações sobre o horário e local do sepultamento.
O segundo agente ferido, identificado como Felipe Moura Cardoso Soresini, de 38 anos, deu entrada no Hospital Municipal Doutor Moacyr Rodrigues do Carmo, no mesmo município, e passa por cirurgia. O estado de saúde dele é considerado grave. 
Ônibus é incendiado
Logo após o confronto, por volta das 12h40, manifestantes atearam fogo em um ônibus da empresa Santo Antônio, na Av. Governador Leonel de Moura Brizola, sentido Duque de Caxias. Equipes do Corpo de Bombeiros, do quartel de Duque de Caxias, foram acionadas para controlar o fogo. Segundo a corporação, as chamas já foram controladas. 
Informações iniciais dão conta que mais equipes da Polícia Militar estão no local para reforçar o policiamento e fazer buscas por traficantes envolvidos no confronto. Até às 15h o clima era de tensão nas comunidades do Corte 8, Lagoinha, Sapo e Mangueirinha, todas em Duque de Caxias. 
A Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro (Semove), repudiou mais um ataque criminoso a ônibus, ocorrido nesta sexta-feira (2). Segundo a entidade, nos últimos dez anos, 250 coletivos foram inutilizados por causa de incêndios criminosos. A Baixada Fluminense concentra quase 90% dos registros de ônibus queimados em 2023.

"A inexistência de seguro para este tipo de crime atrapalha o investimento na renovação da frota e prejudica a população. O custo para reposição dos veículos incendiados desde 2014 soma, em valores atuais, R$ 200 milhões. É importante destacar que um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo mínimo para que haja a reposição de um veículo no sistema de transporte", disse a Semove por meio de nota.

A Semove lembra que a parceria com o Disque Denúncia permite que informações sobre este e outros crimes cometidos contra o sistema de transporte público coletivo sejam levadas diretamente às forças de segurança para as devidas providências. O anonimato é garantido, inclusive nas mensagens de Whatsapp. O número é 2253-1177.
*Em atualização.