Comemoração dos 205 anos do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista. Neste Domingo (04).Pedro Ivo/Agência O Dia
Comemorando os 205 anos do Museu Nacional, cariocas curtem dia de sol com exposições na Quinta da Boa Vista
Em torno da estátua de Dom Pedro II, diversas atividades foram montadas, o que atraiu centenas de visitante para o parque
Rio - O Museu Nacional celebrou, neste domingo (04), seus 205 anos de existência com exposições científicas, roda de samba e atividades recreativas destinas turistas e moradores da cidade. Vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o museu é a mais antiga instituição científica do Brasil e, após ter passado por um incêndio em 2018, segue em processo de restauração. No mesmo embalo, cariocas aproveitaram o dia ensolarado na Quinta da Boa Vista, Região Central do Rio, para curtir com amigos e familiares.
Em torno da estátua de Dom Pedro II, localizada bem em frente ao museu, uma feira de produtos variados foi montada. Não muito distante dali, pessoas de diversas idades puderam aproveitar os estandes com apresentações artísticas, atividades circenses e oficinas.
A agente educativa de creche, Vania Regina, 51 anos, estava no evento acompanhada do grupo da Casa de Axé Ogun Alakoro, que realizou apresentações e palestras. Ela aproveitou a visita à Quinta da Boa Vista para revisitar o Museu Nacional.
"Eu vim rever. Há muito anos eu vim quando era criança. O incêndio foi muito triste. Essa visita está sendo muito importante, principalmente para nossas crianças de Magé, pois elas não tem essa vivência. Elas não conhecem nada, muitas nunca saíram do nosso bairro. É muito importante trazê-los para cá, para conhecer um pouco da história", contou.
Diretor do Museu Nacional, o paleontólogo Alexander Kellner esteve presente no local e participou das exposições científicas ao público. O cientista respondeu perguntas e tirou dúvidas sobre variados assuntos sobre as coleções da instituição. "O museu mais antigo do país comemora 205 anos de existência. Nós estamos muito felizes por podermos trazer para o público um pouquinho do que fazemos na nossa casa, inclusive história. É nesse momento em que podemos mostrar ao público que Museu Nacional vive", afirmou.
Ainda de acordo com Kellner, no aniversário do próximo ano, o Museu Nacional deve reinaugurar um parte do palácio, que está aberta para visitação.
Em recuperação do incêndio, o chefe de ações educativas, Igor Rodrigues, revelou que a instituição desenvolve diversos projetos educativos em escolas ao redor da Quinta da Boa Vista, além da formação de jovens cientistas. Ainda buscando recuperar o que foi perdido, o Museu Nacional convidou o artista Jonathan Nobre para estar recriando obras para a nova coleção de artes afro-brasileiras.
Cariocas curtem dia ensolarado
Aproveitando o dia de sol, após um semana de chuva e céu nublados, cariocas e turistas saíram com familiares e amigos para aproveitar o parque da Quinta da Boa Vista, fazendo piqueniques, praticando esportes e aproveitando as diversas atividades recreativas no local.
O professor de educação física Rodrigo Dantas, 44, resolveu aproveitar o dia para fazer um passeio no local com a família. "Está super agradável. A gente resolveu fazer um piquenique em família. Percebemos que outras famílias vieram com o mesmo intuito, aproveitar o dia ensolarado para fazer esse passeio. Eu vinha muito aqui quando meu filho era pequeno, agora já é adolescente. Já vim aqui quando era criança e depois puder trazer meu filho. É muito bom esse espaço de lazer", comentou.
A professora Telma Taveira Moraes, 60, aproveitou o dia ensolarado para levar os netos para brincar no Parque da Quinta da Boa Vista, assim como tradicionalmente fazia com os filhos dela quando eles eram pequenos. "A história desse lugar perpassa a minha história e a do meu marido. Aqui era o quintal dos nosso filhos, principalmente da minha filha mais velha, mãe dos meus netos. Me lembro dos domingos que a gente passava aqui, a manhã interna e emendava para a tarde. É muito especial", lembrou a educadora.
Moradora do bairro de São Cristóvão, Região Central do Rio, a assistente administrativa Stefany Roque, 25, é uma frequentadora assídua do parque e que o local também faz parte da rotina desde a infância. "Aqui é o carregamento de bateria para segunda-feira. A Quinta da Boa Vista é um ambiente leve, muito gostoso estar aqui sempre. Me remete ao tempo da escola, da minha infância. Eu vinha de excursão da escola quando não morava aqui", contou.
Além de cariocas, a gaúcha Giovana Pujol, 41, que mora com a família há três anos no Rio, resolveu trazer a filha dela para para brincar no parque. "É um domingo super agradável por ter um espaço assim no Rio de Janeiro para que a gente fique tranquilo e curta. Eu acho aqui lindo, é muito bem cuidado. Tenho um sentimento de paz, todos se divertem. Por isso eu trago minha família para cá", completou.
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