Ronald da Silva Santos, de 22 anos, foi baleado no dia 11 de maio durante uma ação da PM no bairro São LourençoReprodução
Morre jovem baleado durante ação da PM em Niterói
Ronald da Silva Santos, de 22 anos, ficou quase um mês internado em estado grave no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal)
Rio - O jovem Ronald da Silva Santos, de 22 anos, morreu nesta quarta-feira (7) após ficar quase um mês internado no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), em Niterói, depois de ser baleado em uma ação da Polícia Militar na cidade em maio deste ano.
Ronald deu entrada na unidade no último dia 11, após ser socorrido por moradores do bairro São Lourenço. Ele chegou no Heal com lesões na coluna, no estômago e no diafragma causadas pelos disparos. Por causa dos ferimentos, Ronald vinha usando um dreno no pulmão e uma bolsa de colostomia.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), seu estado era considerado grave até esta quarta-feira (7) quando o paciente veio a óbito.
Ronald foi baleado enquanto caminhava para um campo de futebol, onde participaria de um jogo com amigos. Na época, a Polícia Militar informou que agentes do 12º BPM (Niterói) faziam patrulhamento na Rua Silveira Mota, no bairro São Lourenço, quando foram atacados a tiros por criminosos e houve confronto. Em seguida, os militares foram informados que populares socorreram uma vítima ao Hospital Estadual Azevedo Lima.
Segundo relato de familiares, não havia nenhum confronto ou troca de tiros na região no momento em que o jovem foi atingido. O caso aconteceu por volta das 16h, quando a rua ainda estava movimentada. "Não houve troca de tiros, só tiveram três tiros, que eles (os policiais) deram, inclusive os PMs estavam na escadaria atiraram de cima para baixo", disse a mãe do jovem, Juliana da Silva Santos, um dia após o filho ser ferido.
Desde maio, a Polícia Militar está com um procedimento apuratório interno para esclarecer as circunstâncias do caso. Questionada, a corporação não deu detalhes sobre o processo.
O caso está sendo investigado pela 76ª DP (Niterói). Segundo a Polícia Civil, testemunhas já foram ouvidas e diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
Ainda não há informações sobre o sepultamento de Ronald.
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