Procissão e missa na Catedral de São Sebastião encerram celebrações pelo dia de Corpus Christi no Rio
Caminhada religiosa comandada pelo cardeal Dom Orani João Tempesta saiu da Candelária e terminou na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro
Cardeal Dom Orani João Tempesta celebra missa na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro e encerra dia de Corpus Christi na cidade - Anna Clara Sancho / Agência O Dia
Cardeal Dom Orani João Tempesta celebra missa na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro e encerra dia de Corpus Christi na cidadeAnna Clara Sancho / Agência O Dia
Rio - Uma missão celebrada por Dom Orani João Tempesta, no final da tarde desta quinta-feira (8), na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro, na Avenida Chile, no Centro, marcou o encerramento pelas celebrações pelo dia de Corpus Christi no Rio, com a bênção à cidade com o Santíssimo Sacramento.
Pouco antes, o cardeal comandou a tradicional procissão, que saiu da Igreja de Nossa Senhora da Candelária, na Praça Pio X, no Centro, e terminou na Catedral.
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Uma multidão de fiéis de várias comunidades e paróquias do Rio, sozinhos ou acompanhados, participou da caminhada religiosa pelo Centro da cidade, em um trajeto de cerca de 2,6 km, com cânticos. Do carro andor, Dom Orani conduziu o Santíssimo Sacramento.
No fim da procissão, o cardeal passou pelos tapetes de sal grosso em frente à Catedral, abençoando-os, e seguiu para a Solene Celebração Eucarística, com a abertura do II Sínodo Arquidiocesano.
Leonardo Teixeira, 26 anos, da Eucaristia Nossa Senhora de Fátima, do bairro Pechincha, na Zona Oeste, contou sobre a importância da celebração de Corpus Christi: "Para nós, cristãos, é uma graça poder contar com essa força que vem do próprio Cristo, que é a Eucaristia. O corpo e sangue de Cristo para nós, católicos, é uma força muito grande, e que nos mantém na fé. Para nós, é um momento de retribuir o que Deus nos deu. Se Jesus se deu na cruz por nós, como retribuir da melhor maneira? Hoje é esse dia, a igreja inteira está aqui, várias comunidades, várias paróquias, para agradecer e retribuir todo esse amor que Deus nos deu e dá todos os dias", disse o jovem.
"Os tapetes de sal, na minha opinião, me recordam de quando Jesus entra em Jerusalém e as pessoas organizam com mantos e palmas a recepção de Jesus. Para nós, os tapetes são uma honra que damos para o nosso Rei Jesus. E como ele é feito pelas mãos dos fiéis, ele é feito trazendo amor, fé e alguns milagres, pois algumas pessoas que ajudam a montar o tapete estão retribuindo algum milagre, alguma graça pela vida”, completou Leonardo.
Gilson Cardoso Soares, cozinheiro de 56 anos, veio de Petrópolis para acompanhar a procissão: "Eu sou da Diocese de Petrópolis, participo sempre lá, aqui é a primeira vez. A importância desse dia é sabermos que hoje estamos vivenciando o corpo e sangue do nosso Senhor Jesus Cristo. Isso é de suma importância para nós, católicos".
A psicóloga Clara Duque de Jesus, 25 anos, da Comunidade Shalom do Rio de Janeiro, foi acompanhada de um grupo de amigas para a celebração da Festa de Corpus Christi: "O dia de hoje é importante, pois celebramos o corpo de Cristo, que é o que sustenta a igreja. Toda a igreja celebra Jesus que está vivo e que todo dia se dá a nós. Quando Ele se dá, Ele faz comunhão e podemos fazer comunhão com outros. Então, neste dia que celebramos Corpus Christi, louvamos a Deus pela sua bondade e Ele se faz presente em nosso meio, mesmo nós sendo indignos", explicou Clara.
Já Sueli Moreira, de 60 anos, é paulista e foi à Oração das Vésperas, na Igreja da Candelária, para após acompanhar a procissão, pois visitava a filha, no Rio de Janeiro, e não queria deixar de estar presente na igreja no Dia de Corpus Christi: "Eu sou de São Paulo, e nunca deixei de ir à igreja em Corpus Christi, desde pequenininha, por isso estou aqui. O simbolismo para mim é muito importante, é minha vida inteira".
A secretária Maria Aparecida Menezes da Costa, de 66 anos, também vai à celebração desde pequena, levada pela mãe: "São o corpo e sangue que Jesus vem nos dar após a ressurreição dele. Ele sempre vai estar junto de nós até nós partimos para a vida eterna. Esse é o simbolismo do pão da vida, o pão que é repartido a todos. Eu venho desde pequena, minha mãe me trazia aqui até a procissão, agora na boa idade venho sempre que posso, sempre que tenho saúde", conta animada.
Cícero Pereira Neto, 57 anos, comerciário, não falta às procissões e diz que é uma tradição para os católicos devotos: "Essa é a sexta vez que venho. O católico, uma vez católico, tem que participar das missas, das orações, rezo o terço quase todos os dias, e esses eventos especiais, que é o corpo de Cristo presente em nossa vida, não pode faltar. O fundamento é não faltar um evento como esse. O Corpus Christi é o corpo de Cristo, a nossa vida, Deus em nós, então não posso faltar, é tradição. Por isso estou aqui presente".
O músico Davidson da Silva, de 46 anos, da Comunidade Católica Shalom, participou pela primeira vez do evento com o seu grupo de música, que fez uma apresentação: "A participação no Corpus Christi é um ato de gratidão a Deus. Ele se entregou a nós, se derramou em amor a nós, então estar celebrando hoje o dia de Corpus Christi, o corpo e sangue de Jesus, faz com haja um aumento na minha vivência e confissão católica", disse o cantor.
Na Solene Celebração Eucarística na Catedral Metropolitana de São Sebastião, a missa que encerrou a Semana Eucarística, Dom Orani rezou para que consolação encontre todas os moradores, visitantes e governantes do Rio de Janeiro:
"Nos preparemos e coloquemos o coração em todas as situações, que nossa bênção possa chegar e chegará a cada casa, a cada comunidade, a cada coração, para que experimentem a consolação que vem do Senhor pela graça e Espírito Santo no coração das pessoas".
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