Guilherme, jogador do Volta Redonda, acusa segurança da loja de artigos de luxo de ter desconfiado que ele poderia ter furtado algo reprodução
Jogador de futebol denuncia racismo em loja de shopping na Barra da Tijuca e Polícia investiga crime
Caso aconteceu no último domingo (18) e foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi)
Rio - O jogador de futebol Guilherme Quintino denunciou ter sido vítima de racismo na Zara do BarraShopping, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no último domingo (18). O atleta, que já atuou nos times de base do Flamengo e do Botafogo e atualmente está no Volta Redonda, estava acompanhado de sua namorada, Juliana Ferreira, e diz ter sido abordado de forma ríspida por um segurança. O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
"Saindo da loja de mãos vazias, sem nenhuma sacola, o segurança me fez retornar para mostrar onde eu havia deixado a ecobag com as peças que eu desisti de comprar", contou Guilherme, nas redes sociais. Juliana, por sua vez, completou: "Sigo perdida e sem entender o que leva um funcionário a abordar um cliente da loja de maneira totalmente ríspida, sem nenhuma justificativa. Estávamos saindo sem nada em mãos, apenas com a minha mini bolsa que mal cabe meu celular".
Ainda de acordo com a mulher, os funcionários não deram nenhuma justificativa para a abordagem. "Cobrei por respostas aos envolvidos, gritei para toda loja me ouvir, fiz o que eu pude, gravei toda a situação e, ainda assim, continuamos sem respostas. Não vamos nos calar, ele não irá se calar. A causa dele é minha. Não é um caso isolado, é comum. Tem que ser combatido", completou.
Em nota, a Polícia Civil informou que "imagens de câmeras de segurança e a lista dos funcionários que estavam trabalhando no estabelecimento foram solicitadas. Agentes realizam diligências para esclarecer os fatos".
Procurada pelo DIA, a Zara ainda não reotrnou. O espaço está aberto para manifestações. Já o BarraShopping lamentou o ocorrido e reforçou que repudia qualquer tipo de discriminação. "O empreendimento permanece à disposição das autoridades para colaborar com a apuração dos fatos", diz a nota.
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