Leones foi morto com um tiro na cabeça em Senador Camará Reprodução / Redes Sociais

Rio - O motorista de aplicativo Leones Oliveira Rodrigues, de 30 anos, morto na última segunda-feira (26) em Senador Camará, será enterrado, nesta quarta-feira (28) às 14h30, no Cemitério Murundu, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. Leones foi encontrado pela irmã com as mãos e os pés amarrados dentro do próprio carro. A vítima deixou um filho de 3 anos. 
De acordo com Marcelo José Rodrigues, pai da vítima, Leones havia saído para trabalhar no domingo (25), como costumava fazer, mas a partir das 23h não respondeu mais. "O carro que ele usava era o meu e eu acompanhava porque tinha rastreador. Ele parou uma da manhã (de segunda-feira) na porta da casa dele, achei que tinha chegado e estava dormindo", disse.
Marcelo ficou preocupado porque Leones havia dito que tinha uma corrida agendada para segunda-feira (26) de manhã. "Mandei uma mensagem, mas ele não respondeu, achei que poderia estar muito cansado e dormido demais", explicou.
A pedido do pai, a irmã de Leones foi até a casa para checar se estava tudo bem. "Ela me ligou desesperada. O carro estava abandonado um pouco mais a frente e ele estava amarrado com um tiro na cabeça", disse o pai emocionado.
Marcelo disse, ainda, que o motorista não tinha problemas com ninguém e que era, carinhosamente, chamado de 'sorriso'. "A família inteira está abalada e destruída. Se a pessoa está doente ou seguindo o caminho errado, você espera, mas o moleque só trabalhava. Era um homem de 1,90 m, mas bobão e de sorriso fácil. Ele brincava o tempo todo e o apelido dele era sorriso porque ele ria de tudo", lembrou Marcelo.

Leones havia acabado de concluir o curso de bombeiro civil e também trabalhava como motorista de aplicativo, para complementar a renda. "Ele estava feliz demais, tínhamos acabado de consertar o carro e tudo estava dando certo", afirmou Marcelo.
De acordo com um amigo próximo, que não quis se identificar, a vítima teria sido morta após se recusar a dar carona para os criminosos que o abordaram. Ao DIA, o amigo disse, ainda, que os responsáveis pela morte de Leones o conheciam. "Se eles não conhecessem o Leones, não teriam deixado o corpo próximo à porta da casa dele", explicou. A informação de que os responsáveis pelo assassinato conheciam a vítima não foi confirmada pela Polícia Civil.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) informou que familiares já foram ouvidos e testemunhas ainda vão prestar depoimento. A investigação está em andamento para esclarecer todos os fatos.