Rio - O policial penal aposentado, Roberto Luiz Silva de Azevedo, de 73 anos, teve a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia, nesta terça-feira (1). O agente foi preso em flagrante após matar a tiros a companheira, Edna Aparecida da Silva, de 41 anos, durante uma discussão, em Itaipuaçu, Maricá, Região Metropolitana do Rio.
Na decisão, a juíza Rachel Assad da Cunha afirma que o caso é tratado como um crime grave. "É evidente a necessidade da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva do custodiado como medida de garantia da ordem pública, sobretudo porque crimes como esse comprometem a segurança de moradores da cidade de Maricá, impondo-se atuação do Poder Judiciário, ainda que de natureza cautelar, com vistas ao restabelecimento da paz social concretamente violada pela conduta do custodiado", diz trecho da decisão.
No ocasião, equipes do 12º BPM (Niterói) foram acionadas para checar a ocorrência. No local, os policiais encontraram Edna baleada e já sem vida. A vítima foi morta na frente do filho de 13 anos.
Aos policiais, Roberto Luiz Silva de Azevedo, de 73 anos, alegou que havia ingerido bebida alcoólica e durante uma discussão atirou contra Edna, de forma consciente. Segundo testemunhas, os dois brigavam com frequência e na segunda (31), os vizinhos ouviram uma discussão e, em seguida, cerca de seis disparos. A corporação informou que o agente foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio e a pistola apreendida.
Abalada com o crime brutal, uma amiga da vítima disse ao DIA que o policial tinha um perfil dissimulado na frente dos amigos de Edna. A mulher, que pediu para não ser identificada, disse que na noite do crime fez contato pela última vez com a amiga e percebeu que ela estava chorando. "Nos falávamos todos os dias, mas estranhei que ela não estava me respondendo depois de um certo horário. Quando consegui contato, percebi que ela estava chorando", disse.
A família da vítima é de Palmas, em Minas Gerais, e chegou na tarde desta terça-feira (1º) ao IML do Barreto, em Niterói, para liberar o corpo. Ainda não há informações se o enterro será realizado no Rio de Janeiro ou em Minas Gerais.
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