Percival Pires ocupava posto de baluarte e desfilava no carro Abre-alasReprodução / Facebook
Nascido na cidade de Taubaté, em São Paulo, Perci, como era conhecido no mundo do samba, passou a morar no Morro da Mangueira na década de 1960. Antes de ser dirigente, atuou como locutor da quadra. Anos depois, também começou a atuar como mestre de cerimônias em grandes festividades da Verde e Rosa.
Apaixonado pela Estação Primeira, comandou a escola em dois mandatos. O primeiro foi entre 1980 e 1983. Já a segunda gestão teve início em 2006, quando sucedeu Álvaro Luiz Caetano, o Alvinho. No entanto, em dezembro de 2007, Perci teve que renunciar diante da polêmica causada por uma participação da bateria da agremiação em um show na festa de casamento do traficante Fernandinho Beira-Mar.
Na ocasião, o presidente afirmou que não sabia que o evento possuía conexão com Beira-Mar, já que o grupo havia sido contratado por uma frequentadora da Verde e Rosa.
Depois do escândalo, o dirigente se afastou dos holofotes, mas sem deixar de participar da política da agremiação. Em 2013, voltou a disputar a eleição para presidente, mas perdeu para o deputado estadual Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira. Anos depois, passou a ocupar o cargo de baluarte, desfilando sempre no Abre-Alas da escola.
Em 2014, foi candidato a vereador pelo Rio, mas não se elegeu. Nos últimos anos, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), afastou-se da agremiação.
Nas redes sociais, personalidades da Verde e Rosa lamentaram a perda. "Mangueira em luto: perdemos nosso ex-presidente Percival Pires, um apaixonado pela verde e rosa. Segue na luz, Perci", postou Nilcemar Nogueira, fundador do Museu do Samba e neta de Dona Zica e Cartola.
"Que notícia triste. Vá em paz e que Deus o tenha", lamentou o advogado e escritor Onesio Meirelles, tio de Ivo Meirelles, ex-presidente da agremiação.
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