Prefeitura removeu mais de 60 estruturas irregulares em ManguinhosFábio Costa / Seop

Rio - A Prefeitura do Rio realizou, na manhã desta terça-feira (8), uma operação que removeu 87 construções irregulares em Manguinhos, na Zona Norte. Segundo a Secretaria de Ordem Pública (Seop), 69 moradias precárias e construídas em local sem saneamento básico foram demolidas. Cerca de 120 quilos de cabos de rede elétrica foram apreendidos na ação.
Dentre as 87 estruturas removidas na Avenida Leopoldo Bulhões, 69 eram moradias feitas de madeira e lona e sete construções de alvenaria eram destinadas a depósitos e banheiros. Além dos cabos, os agentes também encontraram outras 11 estruturas que funcionavam como lava-jato.
O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, explicou como foi a operação. "Realizamos a apreensão de 120 quilos de cabos de telefonia e de cobre. Além disso, desmobilizamos lava-jatos com apreensão de itens que são utilizados para furto de água. Também demolimos construções irregulares em condições absolutamente insalubres debaixo do viaduto", detalhou o secretário.
Segundo a Seop, os agentes públicos também retiraram três barricadas, feitas pelo tráfico para atrapalhar a entrada da polícia na comunidade, que dificultam o acesso de ambulâncias à UPA de Manguinhos e à Clínica da Família Victor Valla.
Mesmo que precárias e irregulares, as estruturas eram habitadas e, por isso, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) esteve na operação. De acordo com a SMAS, a maioria das pessoas que moravam no local eram usuárias de droga. Nesse caso, os agentes abordam e tentam encaminhá-las para departamentos psíquicos e especializados. 
No entanto, ainda segundo a SMAS, as tentativas de encaminhamento são, na maioria das vezes, sem sucesso. Estas pessoas que, no caso, perderam a moradia podem ser levadas para abrigos, unidades de saúde ou departamentos especializados. 
Em nota, a Seop informou que, antes das demolições, as equipes da Rio Luz e Light auxiliaram no corte de energia elétrica, que alimentava todas as construções.
Além da SMAS, a operação conjunta contou com o apoio da Polícia Militar, Comlurb, Rio Luz, Light e das secretarias de Conservação e Proteção dos Animais.