Maxwell Corrêa, o Suel, e o filhoReprodução

Rio - Maxwell Simões Corrêa Júnior, que teve a prisão decretada por suspeita de envolvimento no esquema de exploração de gatonet, chefiado pelo seu pai, o ex-bombeiro conhecido como Suel, se entregou à Polícia Federal na madrugada desta terça-feira (8).

Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o filho de Suel atuava na administração da empresa. Investigações apontam que ele repassava ordens aos subordinados e diligenciava o recebimento do dinheiro recolhido dos moradores coagidos para pagar pelo serviço.
Uma conversa interceptada pela Polícia Federal, entre Ronnie Lessa, apontado como sócio de Suel no esquema e acusado de matar a vereadora Marielle Franco, e Maxwell Júnior comprova que, em um curto intervalo de tempo, ele realizou duas entregas de dinheiro ao ex-PM, referente ao esquema de gatonet.
Ainda de acordo com a denúncia, após as investigações em relação ao envolvimento de Suel e Lessa nos homicídios de Marielle e Anderson Gomes, Maxwell Júnior passou a executar as tarefas com a intermediação entre os chefes.
De acordo com a defesa do filho de Suel, não há nada que o atrele ao esquema de exploração de gatonet. "A polícia não se deu o trabalho de analisar suas contas bancárias, pra saber a movimentação e ver se ele recebia dinheiro do gatonet. Ele foi preso por ser filho do Suel, que está sendo investigado pela morte da Marielle, somente por isso porque indícios, fatos e provas não têm. Essa prisão preventiva foi feita de forma exagerada", ressaltou o advogado Felipe Souza.
O advogado informou, ainda, que seu cliente só ficou sabendo do mandado de prisão nesta segunda-feira (7). Segundo a defesa, o filho de Suel é motorista de reboque e conhecido por todos em Rocha Miranda.

Com a prisão de Maxwell Júnior, o policial militar Sandro Franco é considerado o único foragido da operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), desencadeada na última sexta-feira (4), contra o esquema de gatonet.
Segundo as investigações, a organização criminosa explorou, pelo menos, entre 2018 até 2023, a instalação de TV a cabo e internet clandestina nos bairros de Rocha Miranda, Colégio, Coelho Neto e Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio.