Laudo apontou que não foram encontrados sinais de uso de substância para acelerar o fogo ou indícios de ação violenta Reprodução

Rio - Um acidente termoelétrico pode ter provocado o incêndio que matou o fisiculturista Hugo Sérgio Pereira do Nascimento, no apartamento em que ele vivia com a mulher e a filha de 6 anos, no Anil, Zona Oeste do Rio. Segundo o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) da Polícia Civil, o fogo teve início em uma instalação elétrica com cabeamento de extensão para múltiplas tomadas, na sala da residência, próximo à televisão. As informações foram divulgadas pelo portal G1. 
De acordo com o laudo, não foram encontrados sinais de uso de substância para acelerar o fogo ou indícios de ação violenta. O documento apontou sangue no peitoril e na esquadria metálica do quarto do casal, onde Hugo Sérgio foi encontrado, que escorreu pela fachada do prédio. Ainda foram identificados ferimentos no antebraço direito, perna esquerda, área abdominal e pés do fisiculturista, descritos como "típicos dos causados por queimaduras seguidas de abrasão (toque em superfícies rígidas em contato com o calor)". 
O caso é investigado pela 32ª DP (Taquara) e, nesta quinta-feira (10), a viúva da vítima, Larissa Mello Viana é esperada para prestar depoimento. No incêndio, a mulher sofreu apenas ferimentos leves e não precisou de atendimento médico. Já a filha do casal teve 30% do corpo queimado e permanece internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Segundo a mãe, ela passaria por um procedimento cirúrgico na traqueia na terça-feira (8). A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou ao DIA que o quadro da criança permanece grave. 

Relembre o caso
Na madrugada de 29 de julho, um incêndio atingiu o apartamento onde Hugo Sérgio vivia com a mulher e a filha, no décimo andar de um dos prédios do condomínio Caminhos da Barra, na Avenida Tenente Coronel Muniz de Aragão. As chamas tomaram conta da varanda da residência e provocou uma densa fumaça preta. Segundo amigos, a vítima não conseguiu sair do imóvel depois de resgatar a família e o cachorro. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o fisiculturista foi encontrado sem vida.
Uma câmera de segurança instalada no corredor do apartamento registrou o momento em que a fumaça preta se espalha pelo andar e a mulher do fisiculturista corre em direção ao elevador para escapar do incêndio. A câmera é coberta pela fumaça e não é possível ver se Larissa retorna à residência. Confira abaixo. O corpo da vítima, que também era professor em uma academia, foi sepultado no último dia 30, no Cemitério de Inhaúma.