Uma centena de amigos e familiares marcou presença na despedida de Raimundo Pedro Ivo

Rio - A violência e o medo tomaram conta da Zona Oeste do Rio após a morte de Raimundo Ubiratan de Souza Lima, de 62 anos, conhecido como Bira, na entrada do bar em que era dono, na manhã da última segunda-feira (14), no Pechincha, em Jacarepaguá. Após o ataque a tiros, segundo uma moradora, comerciantes locais estariam recebendo ameaças de morte caso não realizem pagamentos de até R$ 2 mil.
"Muitos vão apenas fechar as portas e procurar outro lugar para trabalhar e morar. É assim que o Rio vai morrendo, asfixiado, aos poucos. Longe do palco iluminado para os turistas, a cidade é terra de ninguém! Sem lei, sem justiça, sem segurança alguma", disse a mulher", relatou a mulher.
Raimundo era bastante conhecido e querido na região por ser dono do estabelecimento Cantinho do Pechincha, tradicional no bairro. Ele foi atingido por um grupo armado em plena luz do dia enquanto estava abrindo o comércio.
De acordo com outros moradores, o local está sob o controle de uma milícia, que impõe aos comerciantes taxas de segurança abusivas. O impacto do homicídio abalou a região, levando diversos estabelecimentos a fecharem suas portas na segunda-feira (14). O clima de insegurança é tamanho que alguns comerciantes ameaçam não reabrir mais.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que realiza diligências para esclarecer a motivação do crime. O corpo de Bira será sepultado nesta quarta-feira (16) no Cemitério do Catumbi.