Ronaldinho terá que entregar passaporte na Polícia Federal ou Justiça FederalDivulgação

Rio - Policiais federais estiveram, nesta sexta-feira (25), na casa do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para cumprir uma determinação judicial e apreender o seu passaporte. A ida aconteceu após o atleta faltar duas audiências da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga uma suposta participação em um esquema de pirâmide financeira.
As buscas foram realizadas, mas Ronaldinho não estava em casa e o documento não foi encontrado. Ele deve entregar o passaporte na Polícia Federal ou na Justiça Federal.
O mandado de busca e apreensão serve para impedir que o ex-jogador deixe o país após ser convocado para prestar depoimento e faltar nas duas oportunidades. Nesta quinta-feira (24), ele alegou que condições de mau tempo impediram que o seu voo saísse de Porto Alegre, onde estava, até Brasília. Ele já não havia participado da reunião na terça-feira (22).
Por causa das duas faltas, a CPI pediu à Justiça Federal do Rio a condução coercitiva do atleta. Segundo o relator da comissão, Ricardo Silva (PSD/SP), Ronaldinho apresentou uma justificativa que não atende a prerrogativas legais. 
Uma nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (31). A apreensão do passaporte do ex-jogador serve para impedir uma nova falta já que ele faltaria novamente devido a uma viagem para o exterior.
Investigação
O irmão e empresário do ex-jogador, Roberto Assis, também investigado pela CPI, esteve presente em uma das reuniões e prestou depoimento. Ele negou que ele e Ronaldinho tiveram envolvimento com a empresa responsável por venda de criptomoedas e alegou que eles foram vítimas. O contrato de cessão de direito de imagens, segundo o empresário, foi assinado junto a uma empresa de comercialização de relógios.
"Meu irmão (Ronaldinho) não é e nunca foi sócio da empresa. Eu e meu irmão não fomos sócios da 18K Ronaldinho. Meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios, que utilizaram o nome e a imagem sem autorização. Inclusive, o Ronaldo já foi ouvido na condição de testemunha", disse Assis.
Ronaldinho é investigado por supostamente ser sócio de uma empresa responsável por arbitrar venda de criptomoedas e por prometer rendimentos de 2% ao dia. A empresa bloqueou contas e não pagou os investidores. Em 2020, o ex-jogador se tornou réu em uma ação coletiva, que pede R$ 300 milhões em prejuízos aos investidores.