Na foto os casais Marlon Machado e Telma Pires, e Julio Cesar e Daniele Dias Pedro Ivo/Agência O DIA
Ao DIA, os noivos moradores de Padre Miguel, na Zona Oeste, a auxiliar administrativa Telma Pires, 33 anos, e o motorista de aplicativo, Marlon Machado, 43, juntos há 16 anos, descreveram a sensação de poder casar na Catedral.
"Como nós somos católicos praticantes sempre tivemos esse desejo, mas realmente pela questão financeira e por falta de oportunidade fomos adiando, porque sempre aparecia outra prioridade na frente, mas quando surgiu essa oportunidade na Catedral nossa amiga e o meu marido agiram tudo, se inscreveram, e hoje estamos todos juntos, um testemunha do casamento do outro", comemorou Telma.
Os dois possuem uma filha de 14 anos e relataram um pouquinho da sua história de amor. "Somos do mesmo bairro, mas nunca tínhamos nos visto e tido muito contato, aí o Marlon veio, fez aquele charmezinho e eu caí no charme dele, agora estamos juntos até hoje. Agora estamos fincados na Igreja, nos ensinamentos, frequentamos na missa, temos nossa filha que participa do grupo de oração, e por isso a gente quis dar esse passo pra tá certo na lei de Deus também e não só na lei dos homens", finalizou Telma.
A amiga do casal, a analista fiscal Daniele Dias, 39 anos, e o marido, o pintor Júlio César Jordão, 44, também se casaram na Catedral neste sábado (25) e relataram que sempre tiveram o sonho de casar.
"Sempre foi meu sonho casar na igreja e no Civil. Eu já estou com meu marido há 18 anos, temos uma filha de 14 anos. Sempre preferimos o bem estar de nossa filha e acabamos ficando um pouco para trás. Este ano vimos uma publicação da Igreja Catedral e ficamos bem animados. Corremos para nos escrever e realizar nosso sonho de anos. Moramos próximo da Mocidade de Padre Miguel, mas nem mesmo a distância nos fez desistir", comemorou Daniele.
Outro casal, moradores da Pavuna, na Zona Zorte, José Henrique e Cristiane Salgado definiram a sensação como inexplicável. "Foi sensacional, um momento único na nossa vida, estamos juntos há cinco anos e sempre sonhamos com isso", disse o noivo.
Cristiane, que é diretora pedagógica, contou que eles não tinham condições financeiras para realizar um casamento e por isso o sonho era adiado.
"A gente se conhece há mais de 10 anos, trabalhamos juntos, fizemos faculdade diferente mas no mesmo local e depois de muito tempo a gente se reencontrou após o falecimento do meu pai e voltamos a conversar, nos tornamos a amigos, começamos a namorar, noivamos e agora casamos. Temos um filho lindo e tivemos o apoio da minha filha pra gente oficializar o nosso casamento", disse.
De acordo com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, a realização dos casamentos comunitários se insere no crescente papel social do Judiciário junto aos cidadãos fluminenses.
“Um dos objetivos da minha gestão é aproximar a Justiça da sociedade. E os casamentos comunitários nos permitem realizar o sonho de centenas de pessoas. É uma felicidade para os noivos e também para o Tribunal de Justiça do Rio, que cumpre, assim, uma de suas missões”, ressalta o desembargador Ricardo Cardozo.
Na ação, está sendo realizada a conversão de união estável dos noivos em casamento.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.