Luis Felipe inspira outras crianças em situação semelhante através de suas redes sociaisDivulgação
Menino com deficiência supera limites, ganha título de Mister PCD Rio de Janeiro e inspira crianças
Luís Felipe de Lima, de 13 anos, portador de atrofia muscular espinhal, inspira outras crianças em situação semelhante através de suas redes sociais
Rio - Aos 13 anos, Luís Felipe de Lima, portador de atrofia muscular espinhal do tipo 1, uma doença neuromuscular rara, ganhou o título de Mister PCD Rio de Janeiro 2023. O adolescente, que usa um respirador artificial que fica conectado 24h na rede elétrica, inspira outras crianças em situação semelhante através de suas redes sociais.
O menino irá receber a entrega da faixa em outubro, na cidade de Barra Mansa. Assim que receber o título, ele poderá concorrer no ano que vem ao concurso Mister PCD Brasil.
De acordo com pai do adolescente, Felipe Pereira de Lima, de 35 anos, até então, a categoria de Mister PCD para crianças ainda não existia, mas após a família entrar em contato com a organizadora do evento, a classe foi criada. "Eles se apaixonam por ele e pelo o que ele representa, e convidaram ele a ser o Mister PCD. Porém é uma categoria nova, que não existia, e uma forma de inclusão social que foi criada a partir da procura dos pais. Com a divulgação deles como representantes, já há uma procura enorme de outras crianças, jovens e adultos com deficiência em buscar de participar", contou.
Felipe revelou que, apesar das dificuldades e limitações que a doença trás, busca enxergar o lado bom da vida de seu filho. "Queremos mostrar esse outro lado de uma criança com deficiência, que ela não precisa ficar prostrada por conta de sua deficiência. Ela pode viver intensamente, curtir a vida, passear e desfrutar da vida. Queremos ser referência para outras pessoas com deficiência, mostrar que elas também podem ser o que elas querem, não é um diagnóstico que limita a vida deles. Assim surge a força de vontade de realizar todos os seus sonhos, eles podem lutar e vão conseguir, assim como estamos conquistando a cada dia", afirmou o pai.
Entre os desafios causados pela doença do menino, na virado do ano de 2016 e 2017, a família, que mora em Mesquita, ficou 18h sem energia elétrica e precisou levar Felipe para um supermercado da região, que tinha gerador de luz, para que o adolescente conseguisse respirar.
Já em 2022, uma enchente causada por fortes chuvas atingiram a cidade inundou a casa de Felipe, causando grande transtornos para a família. Graças à mãe e a enfermeira, o menino teve os equipamentos de sua respiração salvos.
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