Publicado 04/08/2023 08:46 | Atualizado 04/08/2023 08:49
Rio - A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) devolveu o policial militar Anselmo Dionísio das Neves, de 47 anos, preso na última sexta-feira (28) durante uma operação do Ministério Público do Rio, à Polícia Militar. O agente havia sido designado para ficar à disposição da Coordenadoria Militar da Casa. O ofício indicando o retorno do policial para a Secretaria de Estado de Polícia Militar foi enviado na última segunda-feira (31).
Anselmo é investigado por um suposto envolvimento na morte do ex-presidente da Portela, Marcos Vieira Souza, o Marcos Falcon, em 2016. Na última sexta-feira (28), agentes do Grupo de Atuação Especializada do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) realizaram um cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa do PM, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.
O agente foi preso em flagrante por porte de munição de uso restrito. Em sua residência foram encontradas quatro munições 38 SPL. No sábado (29), a juíza Priscilla Macuco decidiu por converter a prisão do PM em flagrante para preventiva em busca de garantir a ordem pública.
"Embora o delito em tela não tenha sido cometido com violência ou grave ameaça, entendo necessária a decretação da prisão preventiva do custodiado para a garantia da ordem pública, pela gravidade em concreto do delito, eis que necessário garantir tranquilidade ao meio social, já bastante abalado pela circulação clandestina de armas e munições que alimentam os altos índices de violência no Estado do Rio de Janeiro, o que reiteradamente é noticiado na imprensa local", escreveu.
O MPRJ denunciou Anselmo por fraude processual. Segundo o órgão, o policial atrapalhou as investigações sobre a morte de Falcon após ter levado um dos celulares da vítima da cena do crime. O aparelho foi devolvido para a família do ex-presidente da Portela logo depois, mas não passou por perícia devido a danos irreparáveis.
Morte de Falcon
O ex-presidente da Portela, Marcos Falcon, foi morto em setembro de 2016, na sede do seu comitê de campanha para vereador, na Rua Carlos Xavier, esquina com a Rua Maria José, em Madureira, na Zona Norte do Rio. Ele era candidato pelo Partido Progressista (PP). No atentado, o então tesoureiro da escola, Felipe Guimarães, foi atingido por um tiro de raspão.
De acordo com as investigações, dois homens armados com fuzil entraram no comitê e outros dois, que estavam encapuzados, esperaram do lado de fora. Na época, o delegado da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Rivaldo Barbosa, confirmou que Falcon havia sido vítima de uma execução.
De acordo com as investigações, dois homens armados com fuzil entraram no comitê e outros dois, que estavam encapuzados, esperaram do lado de fora. Na época, o delegado da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Rivaldo Barbosa, confirmou que Falcon havia sido vítima de uma execução.
Também na última sexta-feira (28), a ex-namorada de Marcos, Michele de Mesquita Pereira, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Na casa dela, foram apreendidos R$ 80 mil em espécie, sem comprovação de origem, e um celular. De acordo com a investigação do Gaeco, a mulher estava com Falcon no dia da sua morte. Ela trabalhava com ele no comitê.
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