Viviane Machado: desaparecidaReprodução/TV Globo
Viviane Machado Modesto da Silva está desaparecida há 15 anos. Desde então, sua mãe, Maria Salvadora Silva Machado, de 60 anos, entrou em uma busca para encontrá-la, com auxílio da polícia.
Após a expedição do mandado de prisão, agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG) chegaram a montar uma operação para prender Marcos Paulo, mas ele foi preso antes por policiais da 159ª DP (Cachoeiras de Macacu).
Ele ainda está sendo investigado pelo desaparecimento de uma outra ex-companheira, identificada apenas como Rosiene, ocorrido no ano de 2011, além da morte suspeita da irmã da vítima, Amanda, ocorrida em Cabo Frio no ano de 2012, e pelo desaparecimento de uma outra mulher na cidade de Búzios, entre 2008 e 2009. Ele também é investigado, na 159ª DP, por agressão à sua atual mulher, que teria ocorrido entre os meses de julho e agosto deste ano.
Marcos será transferido nesta sexta-feira (22) para a DHNSG, no Centro de Niterói, para prestar depoimento no inquérito que apura a morte de Viviane e, em seguida, levado para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte.
Desaparecimento de Viviane
Viviane desapareceu em 2008 após viajar para Cabo Frio, na Região dos Lagos, com objetivo de ver o filho e participar de uma festa de aniversário organizada por Marcos. Desde então, Maria procurou a Polícia Civil para investigar o caso, mas não foi atendida da maneira que gostaria.
Maria decidiu investigar o desaparecimento por conta própria. Em 2018, ela descobriu um endereço onde Marcos estaria morando, em Búzios. Ao chegar ao local, foi atendida pela filha do ex-marido de Viviane, que disse ter muito medo do pai e passou o endereço do local de trabalho dele, uma pousada. No estabelecimento, explicou o caso e o dono da pousada a levou para a 127ª DP (Búzios).
Inicialmente, a ocorrência foi registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo como sequestro e cárcere privado. Na especializada, o inquérito correu e foi encaminhado para o Ministério Público do Rio que, em 2015, recomendou o arquivamento à Justiça do Rio.
Dez anos depois do desaparecimento, novas pistas fizeram com que Maria voltasse a procurar a polícia para saber sobre o paradeiro de sua filha e seu neto. Na época, o boletim de ocorrência foi feito na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.
Em depoimento, Maria contou aos policiais que um parente do ex-genro teria dito a ela que procurasse Viviane nos necrotérios e hospitais. Além disso, ela teria sido procurada por outra pessoa, que informou que Marcos havia matado sua filha.
Mesmo com as novas denúncias e pistas do caso, as investigações não andaram.
Avó encontra o neto
Em maio deste ano, Maria encontrou o neto que desapareceu junto com a mãe quando tinha apenas 1 ano, após uma ligação de um parente do ex-genro, que contou que o adolescente estava passando necessidade.
Ele estava em uma casa no município de Cachoeiras de Macacu, junto com o pai, apontado por Maria como o responsável pelos desaparecimentos. A dona de casa afirma que o adolescente de 16 anos não frequentou escolas e passa por tratamento psiquiátrico.
Na delegacia, o menino contou detalhes da vida com o pai. Os dois moravam em Cachoeiras de Macacu com o pai, os irmãos e a madrasta havia cinco meses e que lembra apenas que antes morava em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
O jovem também contou que sempre que perguntava por sua mãe, ele era agredido ou jurado de morte pelo pai.
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